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Tribunal decreta falência de empresa de chinês dono do Milan, diz jornal

 Yonghong Li (direita) é o dono do Milan - Miguel Medina/AFP
Yonghong Li (direita) é o dono do Milan Imagem: Miguel Medina/AFP

21/03/2018 08h07

Um Tribunal da China decretou falência da empresa Shenzhen Jie Ande, de propriedade do chinês dono do Milan, Yonghong Li, segundo informações publicadas nesta quarta-feira pelo jornal italiano "Corriere  della Sera".

O Tribunal de Shenzhen decretou a quebra da empresa de Yonghon Li depois que o Banco de Cantão processou o dono do Milan por não ter devolvido o dinheiro de um empréstimo, assegura o jornal italiano.

As acusações do banco de Cantão se somaram, além disso, às do banco de Jiangsu, que em fevereiro de 2017 tinha outorgado outro significativo empréstimo a Li, de cerca de 60 milhões de euros (cerca de R$ 243 milhões), sem que este tenha devolvido a quantidade.

Tais acusações envolvendo Li foram feitas antes de fechar, em abril de 2017, a aquisição de 99.93% das quotas do Milan, então de propriedade do empresário e ex-premiê italiano Silvio Berlusconi.

A investigação do "Corriere  della Sera" sublinha que a quebra de Jie Ande não terá repercussão direta no Milan, ainda que o clube necessitará nos próximos meses apresentar garantias econômicas à UEFA e fechar seu balanço comercial.

Neste sentido, o Milan poderia pedir um empréstimo de cerca de 40 milhões de euros (cerca de R$ 162 milhões) ao fundo americano Elliott, que já outorgou 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhão) ao clube no ano passado, para que a UEFA lhe dê autorização para sua inscrição nas próximas competições europeias.

A informação do jornal italiano se soma a uma longa série de especulações sobre a real identidade do novo presidente do Milan.

Em novembro de 2017, foi o próprio Berlusconi que defendeu publicamente a credibilidade de Li, ao assegurar que o novo dono do Milan e seus colaboradores "sempre respeitaram os acordos feitos".