Justin Gatlin demite técnico após denúncias feitas por jornal britânico

Londres, 19 dez (EFE).- O velocista americano Justin Gatlin anunciou nesta terça-feira a demissão do técnico Dennis Mitchell, flagrado pelo jornal britânico "The Telegraph" oferecendo substâncias ilegais, durante uma reportagem investigativa.

Repórteres da publicação, se fizeram passar por representantes de uma companhia cinematográfica, que buscava contato com atletas. O treinador e empresário de Gatlin, Robert Wagner, fizeram a oferta, para ajudar a preparar um ator.

A conversa aconteceu no local onde treina o velocista, medalhista de prata nos 100m rasos, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano passado - ouro na mesma prova, em Atenas, em 2004. Foram oferecidas testosterona e hormônio de crescimento, por US$ 250 mil (R$ 821,8 mil).

Mitchell e Wagner garantiram que conseguiriam os itens com um médico, que vive na Austrália. Além disso, garantiram que o doping está amplamente estabelecido no atletismo, afirmando ainda que Gatlin chegou a usar estas substâncias em algum momento da carreira.

O velocista americano, de 35 anos, negou qualquer envolvimento com o caso ao jornal. Ainda assim, o Comitê de Integridade do Atletismo, estabelecido pela federação internacional da modalidade (IAAF), o está investigando, assim como técnico e empresário.

Os advogados de Gatlin, em nota, anunciaram a demissão de Mitchell e asseguraram que o cliente está limpo de doping há cinco anos, após ter sido suspenso por uso de substâncias proibidas duas vezes, em 2001 e 2006.