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COI abre porta para e-Sports nos Jogos Olímpicos, mas com ressalva

28/08/2017 12h23

Pequim, 28 ago (EFE).- O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, destacou nesta segunda-feira em Tianjin, na China, que a entidade está considerando a possibilidade de incluir os chamados e-Sports no programa dos Jogos, mas com a condição de que não sejam violentos.

"Queremos promover a não discriminação, a não violência e a paz entre os povos, algo que não corresponde com os jogos de videogame em que há violência, explosões e mortes. É preciso traçar um limite claro", declarou Bach em entrevista à imprensa chinesa.

O COI tenta se aproximar da geração do novo milênio através dos jogos eletrônicos, que tem grande apelo entre os mais jovens, mas o fará com precaução. Dessa forma, segundo o dirigente, o organismo dá preferência a games que refletem a vida real, como os de futebol ou basquete.

O setor dos e-Sports já é uma indústria que movimenta milhões em competições mundiais, e estará presente, ainda não se sabe se como esporte oficial ou de exibição, nos Jogos Asiáticos de 2018 e de 2022.

A China chegou a considerar inclui-los como modalidade nos Jogos Nacionais que foram abertos neste domingo, em Tianjin, e o COI também estuda essa possibilidade a longo prazo. Entretanto, Bach acredita que ainda é cedo para tomar qualquer decisão.

"É uma indústria com muito sucesso, mas ainda não está realmente organizada", salientou Bach, que indicou que os e-Sports teriam que apresentar um padrão quanto a luta contra o doping, regulamentos técnicos e deveres dos competidores frente aos adversários.

Bach viajou para a China para acompanhar os preparativos para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, em Pequim, marcou presença na abertura dos Jogos Nacionais e visitou Hangzhou, sede do gigante eletrônico Alibaba, um dos patrocinadores oficiais dos Jogos Olímpicos.