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Governo grego apoia seleção feminina sub-17 expulsa de campeonato europeu

03/08/2017 08h46

Atenas, 3 ago (EFE).- O ministério das Relações Exteriores grego expressou nesta quinta-feira sua "solidariedade" com a seleção feminina de handebol expulsa ontem do campeonato europeu sub-17 porque em uma partida disputada em Skopje as jogadoras deixaram a quadra depois que membros da equipe contrária vestiram camisetas com o nome "Macedônia".

Em um comunicado, o ministério grego lembrou hoje que o nome provisório do país vizinho é Antiga República Iugoslava da Macedônia (ARIM) e que com esse ato os representantes da seleção macedônia violaram um acordo interino assinado em 1995.

"O ministério expressa sua solidariedade com as atletas da Seleção Nacional de Handebol Junior, que foi obrigada a se retirar do campeonato devido a uma violação do Acordo Provisório por parte da ARIM", aponta o citado comunicado.

As jogadoras abandonaram a quadra 32 segundos antes do início da partida.

A Federação Europeia de Handebol (EHF, por sua sigla em inglês) sustentou que, de acordo com os regulamentos europeus, a equipe grega "tinha a obrigação de jogar".

O comitê disciplinar impôs, além disso, uma multa à seleção grega de 25 mil euros.

A federação helena apresentou imediatamente um recurso, alegando que a confederação europeia não reagiu ao protesto apresentado previamente pela Grécia, que pediu que os membros da equipe macedônia trocassem de camiseta.

O recurso foi rejeitado, segundo o comunicado oficial divulgado na quarta-feira pela EHF.

A disputa entre ambos países pelo nome explodiu em 1991 quando a República de Macedônia obteve a independência da Iugoslávia, e a Grécia rejeitou que seu vizinho pudesse usar o termo "Macedônia", que coincide com o nome de uma de suas províncias do norte.

Em 1993 houve um compromisso entre ambos países para que até uma solução definitiva do litígio o vizinho pudesse usar provisoriamente o nome Antiga República Iugoslava da Macedônia (ARIM).

Enquanto isso, a Grécia vetou o acesso da ARIM à UE e à Otan.