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China suspende lenda do tênis de mesa como treinador por dívida com cassino

30/05/2017 11h10

Pequim, 30 mai (EFE).- Kong Linghui, bicampeão olímpico de tênis de mesa, foi afastado nesta terça-feira de seu cargo como treinador da equipe nacional feminina da China após ser denunciado por um hotel de luxo de Cingapura, que está cobrando dele uma dívida em seu cassino.

A Associação de Tênis de Mesa da China decidiu suspender Kong após conhecer a denúncia apresentada pelo hotel Marina Bay Sands, em Cingapura, que afirma que seu cassino emprestou 1 milhão de dólares locais (US$ 720.500) em 2015 ao treinador e que este, supostamente, não devolveu a totalidade do dinheiro.

Apesar de Kong estar tentando se desvincular do ocorrido, a associação considerou em um comunicado divulgado nesta terça-feira que o seu comportamento é uma "séria violação" dos requisitos disciplinares que os funcionários públicos devem cumprir e solicitou que ele voltasse da Alemanha, onde se encontra com sua equipe para a disputa do Campeonato Mundial em Düsseldorf.

O medalhista chinês se defendeu das críticas no rede social Weibo, uma plataforma similar ao Twitter, ao assegurar que não participou do jogo durante a viagem, na qual estava acompanhado de sua família e amigos.

O medalhista olímpico explicou que apenas ajudou seus acompanhantes a "reunirem fichas" para jogar e que tinha feito contato com os envolvidos para que eles esclarecessem o ocorrido.

Além disso, Kong se mostrou "profundamente preocupado" com o impacto que este caso pode ter na equipe feminina, que ele dirigia até agora, e que está competindo em Düsseldorf, e pediu a seus seguidores que não percam a fé nele.

Por outro lado, a Administração Geral de Esportes da China anunciou que abrirá uma investigação e reafirmou seu princípio de "tolerância zero" com atitudes que violem a ética e as normas esportivas. EFE

tg/rpr