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Recurso é negado, e presidente do Barcelona irá a julgamento por caso Neymar

REUTERS/Albert Gea
Imagem: REUTERS/Albert Gea

27/04/2017 12h06

Madri, 27 abr (EFE).- O presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, será julgado por crime de corrupção entre particulares depois que a Audiência Nacional espanhola confirmou o envolvimento do dirigente em irregularidades na contratação do atacante Neymar pela equipe catalã.

O tribunal rejeitou o recurso da defesa de Bartomeu ao entender que há sim indícios de que o delito foi cometido porque os acordos em 2011 entre o Barça e Neymar para que ele fosse negociado junto ao Santos alteraram o livre mercado de contratações de jogadores.

"Foi impedido que o jogador entrasse no mercado conforme as regras da livre concorrência", considerou a seção quarta da Sala Penal da Audiência Nacional.

Segundo o tribunal, a participação de Bartomeu na operação foi clara porque ele era vice-presidente do Barça e trabalhou alinhado com o então mandatário do clube, Sandro Rosell, para concretizar a transferência, o que aconteceu em 2013.

Nem Bartomeu nem Rosell, também processado, relataram os acordos à diretoria do Barcelona, nem ao Santos, nem ao grupo de investimentos DIS, que foi o responsável por abrir o processo. O fundo se sentiu lesado porque detinha 40% dos direitos federativos do atleta e não recebeu o dinheiro que tinha direito.

No caso, também estão sendo processados o próprio Neymar e o Barcelona como pessoa jurídica, além da mãe do jogador, Nadine Gonçalves, a empresa familiar N&N e o Santos. O recurso do atual presidente do clube catalão era o último a ser julgado.