Topo

Chile vence Venezuela e tira Argentina da zona de classificação

28/03/2017 21h58

(Correção: Brasil ainda pode ir à Copa se vencer o Paraguai e o Uruguai perder para o Peru)



Santiago, 28 mar (EFE).- A seleção do Chile venceu nesta terça-feira a Venezuela por 3 a 1 no Estádio Monumental, em Santiago, e não só voltou à zona de classificação para a Copa do Mundo de 2018 nas Eliminatórias sul-americanas, como derrubou a Argentina para quinto na tabela - se a fase classificatória terminasse hoje, a Albiceleste iria para a repescagem.

Com atuação irretocável no primeiro tempo, os chilenos praticamente liquidaram a fatura aos 22 minutos, quando abriram três gols de vantagem, sendo dois de Paredes e um de Alexis Sánchez, o grande protagonista da etapa com dribles insinuantes e muita visão de jogo. Depois do intervalo, os visitantes subiram de produção, e Rondón descontou. Sánchez ainda perdeu um pênalti bem defendido por Fariñez.

O Chile chegou a 23 pontos, assim como o Uruguai, e subiu da sexta para a quarta posição, logo atrás da 'Celeste', que leva a melhor no saldo de gols e vai entrar em campo hoje contra o Peru.

Os chilenos vinham de derrota na semana passada para a Argentina por 1 a 0, em Buenos Aires, e desta vez, mesmo sem ser em um confronto direto, superaram os rivais na tabela, já que os comandados de Edgardo Bauza perderam para a Bolívia em La Paz por 2 a 0 e estacionaram em 22 pontos.

Disposto a "matar" o jogo logo no começo, o Chile partiu para cima dos venezuelanos, que são os lanternas das Eliminatórias e não têm mais chances de ir à Copa. Vidal, que voltava ao time após cumprir suspensão, sofreu falta na entrada da área, e Sánchez cobrou forte e quase no ângulo do goleiro Fariñez, que ainda viu a bola bater no travessão antes de quicar dentro da meta.

Pouco depois de os visitantes darem a saída no meio de campo, Sánchez recebeu longo lançamento pela esquerda, cortou para o meio e entrou na grande área, se livrou de três marcadores e deu um belissimo passe para Aránguiz, que vinha de trás. O ex-jogador do Internacional, atualmente no Bayer Leverkusen, rolou para Paredes, sem o goleiro à frente, empurrar a bola para o fundo da rede aos seis minutos.

Dominando as ações no meio de campo, os chilenos não eram ameaçados e davam a impressão de que o terceiro gol viria em breve. Chegou ainda na primeira etapa, aos 22 minutos, não em uma jogada plástica como nos dois primeiros, mas à base do esforço de Sánchez em alcançar a bola após um cruzamento que passou do ponto - e pela defesa - na segunda trave. O atacante do Arsenal, sem ângulo, conseguiu escorar em direção à linha decisiva, onde Paredes estava para novamente marcar sem muito trabalho.

Sánchez ainda deu elástico, belos passes e comandou a seleção da casa para alegria dos torcedores que, a esta altura, previam uma goleada arrasadora. Mas os comandados de Juan Antonio Pizzi diminuíram o ritmo depois do intervalo.

Nos nove primeiros minutos, Vidal desperdiçou três incríveis chances de ampliar, em todas de frente para o gol, e como diz o ditado, quem não faz, leva. Aos 17, Otero cobrou falta em direção à área, e Rondón, sem marcação, cabeceou sem chance de defesa para Claudio Bravo.

Sete minutos depois, Rincón acertou a trave após receber passe de calcanha de Peñaranda - os venezuelanos chegaram a pedir gol, alegando que a bola entrou em seguida, o que a arbitragem negou.

Limitada, a seleção visitante não conseguiu levar a reação adiante e ainda cometeu um pênalti aos 30, quando Feltscher derrubou Hernández. Sánchez bateu no canto, mas Fariñez espalmou, e o placar se manteve até o fim.



Ficha técnica:.

Chile: Claudio Bravo; Mauricio Isla (Paulo Díaz), Gary Medel, Gonzalo Jara e Jean Beausejour; Pablo Hernández (Carlos Carmona), Charles Aránguiz e Arturo Vidal; Eduardo Vargas, Esteban Paredes (Jorge Valdivia) e Alexis Sánchez. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

Venezuela: Wilker Faríñez; Alexander González (Victor García), Wilker Ángel, Mikel Villanueva e Rolf Feltscher; Renzo Zambrano, Tomás Rincón (Arquímides Figuera), Jhon Murillo e Rómulo Otero; Darwin Machís (Adalberto Peñaranda) e Salomón Rondón. Técnico: Rafael Dudamel.

Árbitro: Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Mauricio Espinosa e Nicolás Taran.

Gols: Paredes (2) e Sánchez (Chile); Rondón (Venezuela).

Estádio: Monumental, em Santiago (Chile).