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Guga diz que Rio Open está bem no Jockey, mas aprova possível mudança

22/02/2017 20h09

Rio de Janeiro, 22 fev (EFE).- Gustavo Kuerten afirmou nesta quarta-feira que vê com bons olhos para o futuro uma possível transferência do Rio Open do Jockey Club, sede atual, para o Centro Olímpico de Tênis, mas ressaltou que a troca não seria viável atualmente devido às incertezas em relação ao comando do espaço utilizado nos Jogos do ano passado, atualmente nas mãos do Ministério do Esporte.

"Acho que esse torneio, da forma como é hoje, se comporta melhor aqui (no Jockey). Seria impossível pensar em Centro Olímpico no momento pela insegurança e a incerteza de tudo o que vai acontecer por lá. Teria de estar disponível já para que os organizadores pudessem se planejar. É um torneio grande, depende de uma série de decisões, como trazer jogadores. A conta para pagar é grande, e precisa de uma convicção de que vai funcionar", declarou Guga em entrevista coletiva.

Na opinião do ex-número 1 do mundo, uma mudança de piso para a quadra dura, que seria uma consequência da alteração do local, seria boa, mesmo havendo uma maior identificação dos tenistas brasileiros com o saibro.

"Acho que existe um grande contraponto aí. Tem um Parque Olímpico pronto aqui na esquina, e isso é muito provocativo. Fica acima da identidade, de ser melhor para os brasileiros. De repente o que é melhor hoje, não vai ser daqui a dez anos, porque o circuito é disputado em sua maior parte em quadra dura. Consigo visualizar a realização lá, pela dimensão da estrutura, então quando houver convicção de ir para lá em quadra dura é possível sonhar com um Masters 1000. Se precisar ser em quadra dura para atrair mais jogadores e fazer o torneio ter sucesso, é preciso ser feito", considerou.

Guga ainda admitiu que a ausência de Rafael Nadal, grande estrela do Rio Open em suas três primeiras edições, até o ano passado, torna o trabalho da organização mais difícil, mas destacou que mesmo sem o ídolo espanhol o evento continua crescendo.

"Esse torneio vem em uma ascensão gradativa. É a primeira vez que não vem o Nadal, que faz o torneio sozinho. Nem precisaria estar se mexendo para nada, ele vende os ingressos, faz as notícias, tudo funciona só com uma figura como aquela, mas neste ano estava incompatível. Dá para perceber. Mas está se demonstrando que é possível fazer coisas ainda muito boas com um orçamento mais enxuto", elogiou.