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Número de contratações bate recorde em 2016, com 14.591 transferências

27/01/2017 13h58

Redação Central, 27 jan (EFE).- O número de contratações no futebol mundial em 2016 bateu o recorde de operações registradas até o momento pela Fifa, com um total de 14.591 e um investimento de 4,466 bilhões de euros, o que representa um aumento de 14,3% em relação a 2015, o maior desde 2013.

O relatório global do mercado de transferências da Fifa (Global Transfer Market Report 2017), divulgado nesta sexta-feira reflete estes números, entre os quais destaca o aumento da despesa dos clubes chineses, com um total de 421 milhões de euros, 2,5 vezes mais que em 2015 e quase 17 vezes mais que em 2013.

A China, que em 2015 desembolsou 168 milhões de euros, fez um investimento 344,4% maior do que o resto da Confederação Asiática (AFC) e se tornou o quinto país que mais gasta em contratações, à frente de potências como a França.

No primeiro lugar continua a Inglaterra, que investiu 1,278 bilhão de euros, 8,7% a mais que em 2015 e o equivalente a mais de 43% do total investido pelos cinco países de maior peso da Uefa - Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália.

Na classificação global de despesas, a Alemanha ocupa a segunda posição (539 milhões/55,9% a mais que em 2015) e a Espanha a terceira (476,4 milhões/15,6% a menos que em 2015), seguida pela Itália, com gastos praticamente iguais ao futebol espanhol (5,5% a menos). A França aparece na sexta posição com 194,4 milhões de euros, o equivalente a 34,5% a menos que em 2015.

Os clubes da Uefa investiram 3,666 bilhões de euros, o que representa 82,1% do total gasto no mundo inteiro. A Espanha é o país que mais recebeu por transferências, com 518,9 milhões de euros, 49,5% a mais que em 2015. Itália, França, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Brasil, Rússia e Argentina seguem o ranking por este conceito.

Na Conmebol, o investimento dos clubes alcançou os 170,3 milhões de euros, um aumento de 84,2% em relação a 2015. Brasil (79,8 milhões de euros/140,2% a mais que em 2015), México (72,9 milhões de euros/2,3% a mais) e Argentina (57,4 milhões de euros/26,9% a mais) são os países com maior despesas. Os clubes brasileiros exportaram jogadores para 118 países diferentes, segundo o relatório da Fifa.

O documento revela que em 2016 foram realizadas 879 transferências entre países que nunca antes tinham feito uma operação deste tipo entre si desde a implantação do sistema de transferências (TMS).

Segundo a diretora geral da Fifa TMS, Kimberly Morris, isto é "um sinal muito claro de que o futebol está mais globalizado do que nunca". De acordo com a dirigente, "é interessante ver como o mercado segue evoluindo e se expandindo ano após ano".

O relatório da Fifa mostra os dados do sistema estabelecido em 2010, no qual é obrigatório registrar todas as movimentações do mercado internacional para conseguir uma maior rapidez, eficiência e transparência nas operações do futebol.