Topo

Com Real Madrid e Sevilla campeões, Espanha volta a dominar futebol europeu

24/12/2016 06h59

Redação Central, 24 dez (EFE).- O futebol espanhol deu as cartas mais uma vez na temporada 2015-2016, com o Real Madrid voltando a conquistar a Liga dos Campeões, batendo novamente o rival Atlético de Madrid, e o Sevilla mantendo a hegemonia na Liga Europa, erguendo o troféu pela terceira vez consecutiva.

Os 'Blancos' começaram o ano com novidade no banco de reservas, já que o francês Zinedine Zidane havia substituído o espanhol Rafa Benítez no fim de 2015. Na competição continental, levou o time a despachar Roma, Wolfsburg e Manchester City, avançando à decisão.

Contra o Atlético voltou a encarar duelo de 120 minutos, devido ao empate em 1 a 1 no tempo normal, em que o zagueiro Sergio Ramos abriu o placar e o belga Yannick Ferreira Carrasco buscou a igualdade. Diferente do que aconteceu na temporada 2013-2014, quando o Real fez 3 a 1 na prorrogação, dessa vez o placar ficou zerado.

Nos pênaltis, Lucas Vázquez, Marcelo, Gareth Bale, Ramos e Cristiano Ronaldo balançaram as redes. Os 'Colchoneros' acertaram as quatro cobranças, mas Juanfran acertou a trave na última, definindo o placar e garantindo o 11º título do time que ainda contou com Danilo e Casemiro na campanha.

Em dezembro, a equipe representou o continente no Mundial de Clubes da Fifa. Na estreia, vitória tranquila sobre o América do México, por 2 a 0, com direito ao primeiro gol do atacante português Cristiano Ronaldo em partidas pela competição.

Depois disso, na decisão, o campeão europeu sofreu e só venceu o surpreendente Kashima Antlers na prorrogação por 4 a 2, após empate em dois gols no tempo normal. O camisa 7 'blanco', eleito o craque do torneio, balançou as redes três vezes na decisão.

O Sevilla, por sua vez, começou a temporada na Liga dos Campeões, mas caiu na fase de grupos e acabou entrando nas eliminatórias da Liga Europa. Na campanha até a final, a equipe da Andaluzia passou por Molde, da Noruega, Basel, da Suíça, Athletic Bilbao e Shakhtar Donetsk.

O rival no duelo que valeu o terceiro troféu seguido da competição seria o Liverpool. Na partida disputada na Basileia, o time do lateral-direito Mariano levou a melhor por 3 a 1, com dois gols de Coke e um de Kevin Gameiro. O inglês Daniel Sturridge descontou.

Nas competições nacionais, o Barcelona, que não conseguiu o bi da 'Champions', se sagrou campeão espanhol. O grande protagonista da reta final da campanha foi o atacante uruguaio Luis Suárez, que marcou gols importantes e se sagrou artilheiro da temporada.

Na Itália, a Juventus arrancou na competição e ergueu o troféu pela quinta vez consecutiva; na Alemanha, o Bayern de Munique conquistou o tetra; assim como fez o Paris Saint-Germain na França; enquanto em Portugal, o Benfica se sagrou tricampeão.

A grande surpresa veio da mais rica entre as ligas europeias, a inglesa, em que o modesto Leicester, que na temporada 2014-2015 brigou para não cair para a segunda divisão, desbancou poderosos rivais e conquistou o título.

No elenco dos 'Foxes', os destaques foram jogadores até então desconhecidos do grande público, como o volante francês N'Golo Kanté, o meia-atacante argelino Riyad Mahrez e o centroavante inglês Jamie Vardy, que chegou a ser condenado por uma briga de bar em 2007 e estava na sétima divisão inglesa em 2010.

Em outros campeonatos importantes da Europa, o PSV Eindhoven foi campeão holandês, o CSKA Moscou venceu o Campeonato Russo, o Dínamo de Kiev levou a melhor no Ucraniano, o Besiktas ergueu o troféu na Turquia, o Olympiacos na Grécia, e o Club Brugge na Bélgica.

Em 2016, os clubes também investiram pesado em reforços. O Manchester United pagou 105 milhões de euros (R$ 370 milhões) para tirar o meia francês Paul Pogba da Juventus, no recorde do ano. O time 'bianconero', por sua vez, contratou o atacante argentino Gonzalo Higuaín junto ao Napoli, por 90 milhões de euros (R$ 317 milhões).

A transferência que envolveu um brasileiro e mais maior quantia em dinheiro foi a ida do atacante Hulk do Zenit São Peterbursgo para o Shangai SIPG, da China, por 55,8 milhões de euros (R$ 196,4 milhões). Já a recontratação de David Luiz pelo Chelsea, junto ao Paris Saint-Germain, custou 35 milhões de euros (R$ 123,2 milhões).

A dança das cadeiras dos técnicos também agitou o ano, com destaque para a tão esperada ida do espanhol Josep Guardiola para o Manchester City. No Bayern de Munique, embora tenha conquistado todos os títulos alemães que disputou, ficou faltando para o badalado ex-comandante do Barcelona, a Liga dos Campeões da Europa.

Para o lugar de 'Pep' na equipe bávara, foi contratado o italiano Carlo Ancelotti, que estava desempregado desde a saída do Real Madrid. O Manchester United, por sua vez, contratou o português José Mourinho para suceder o holandês Louis Van Gaal.

O Chelsea, antiga equipe do 'Special One', trouxe o italiano Antonio Conte como substituto do holandês Guus Hiddink, que vinha atuando como interino. O Paris Saint-Germain tirou o espanhol Unai Emery, do Sevilla, depois de dispensar o francês Laurent Blanc.

A equipe da Andaluzia, por sua vez, contratou o badalado argentino Jorge Sampaoli, que comandou a seleção chilena até o fim de 2015.

O caso mais emblemático de trocas de técnico em 2016 foi o da Inter de Milão, que começou o ano com Roberto Mancini, o demitiu ainda na pré-temporada, em agosto. O holandês Frank de Boer, ex-Ajax, chegou, mas caiu em em novembro, dando lugar ao interino Stefano Vecchi, que foi sucedido pelo italiano Stefano Pioli.