Rosberg faz história, é campeão e encerra ano com despedida da Fórmula 1
Redação Central, 22 dez (EFE).- O alemão Nico Rosberg, da Mercedes, fez história neste ano, ao entrar para a galeria dos campeões da Fórmula 1, cinco dias antes de surpreender o mundo ao anunciar a aposentadoria da categoria, que pode não ter brasileiros no grid de largada, algo que não acontece desde 1969.
A temporada teve roteiro parecido ao de 2014 e 2015, com o filho do finlandês Keke Rosberg, que ficou com o título de 1982, e o britânico Lewis Hamilton, disputando a taça curva a curva. Desta vez, no entanto, o desfecho foi diferente, especialmente pela arrancada fulminante, e depois pela regularidade na parte final do campeonato.
O alemão, que já havia vencido as três provas finais do ano passado, subiu ao topo do pódio nas quatro primeiras etapas de 2016: Austrália, Bahrein, China e Rússia, fazendo quase que o dobro dos pontos do companheiro de escuderia (100 a 57), que ocupava o segundo posto na tabela de classificação.
Aos poucos, Hamilton foi diminuindo a diferença, até dar o bote e pular para a ponta na Hungria, abrindo ainda vantagem de 19 pontos após o GP da Alemanha. Rosberg, no entanto, reagiu, vencendo as três corridas seguintes, reassumindo a liderança em Cingapura. Com o terceiro lugar na Malásia e a vitória no Japão, colocou pressão no rival
Nas quatro etapas finais, Estados Unidos, México, Brasil e Abu Dhabi, o britânico venceu, mas sempre com o arquirrival no seu encalço, chegando na segunda colocação. Com isso, o título veio para Rosberg, com 385 pontos, cinco a frente de Hamilton.
Cinco dias depois de garantir o título nos Emirados Árabes, o campeão mundial surpreendeu, anunciando que deixaria a Fórmula 1, justamente no dia em que recebeu o troféu. No discurso em que fez a bombástica revelação, admitiu que estar no topo da categoria era seu sonho e que alcaçar isso foi extremamente duro.
"Foi uma experiência incrível para mim, que lembrarei para sempre. Ao mesmo tempo, foi um período muito difícil. Perder para Lewis Hamilton nos dois últimos anos foi extremamente difícil para mim. Isso deu um combustível em minha motivação de um modo que eu sequer sabia que seria possível reagir para alcançar", explicou.
O lugar vago na Mercedes agitou o mercado no fim do ano, com alguns nomes cogitados, o que, inclusive, poderia fazer com que Felipe Massa reconsiderasse a decisão de se aposentar da categoria, anunciada em setembro, fechando por, ao menos mais uma temporada, com a Williams.
Tudo isso porque o finlandês Valtteri Bottas, da escuderia inglesa, é um dos favoritos para acertar com a Mercedes. O outro é o alemão Pascal Wehrlein, que pilotou para a Manor em 2016, conseguindo fazer histórico um ponto. O espanhol Fernando Alonso também foi cogitado, mas garantiu que seguiria na McLaren.
No dia 15 de dezembro, o chefe de imprensa da escuderia, Bradley Lord, garantiu que o time alemão não anunciaria o substituto de Rosberg antes do dia 3 de janeiro.
Na "dança das cadeiras", Felipe Nasr pode acabar ficando sem assento para o próximo ano. O piloto ainda não tinha fechado com a Sauber ou com a Manor, únicas equipes, além da Mercedes, que não têm os dois titulares confirmados.
Já a permanência de Interlagos como palco de prova da categoria foi incógnita até novembro. O GP Brasil foi o último a ser confirmado para a próxima temporada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A edição de 2017 acontecerá em 12 de novembro e será mais uma vez, a penúltima a ser disputada.
Em 2016, além do campeão Rosberg, outro destaque foi o holandês Max Verstappen, que no ano anterior já tinha sido o mais jovem a pontuar na Fórmula 1, com 17 anos, mas agora foi muito além. Após quatro provas nesta temporada, com 11 pontos marcados, o piloto foi "promovido" da satélite Toro Rosso para a Red Bull.
Logo na estreia no novo time, em que substituiu o russo Daniil Kvyat, Verstappen venceu o GP da Espanha. Além disso, ainda conquistou mais cinco segundos lugares e dois terceiros, fechando a temporada na quinta colocação, com 204 pontos, ficando atrás dos pilotos da Mercedes, do australiano Daniel Ricciardo, seu companheiro na Red Bull, e do alemão Sebastian Vettel, da Ferrari.
Por falar em jovens pilotos, o francês Pierre Gasly, do programa de desenvolvimento da escuderia anglo-austríaca, financiado pela companhia de bebidas energéticas, conquistou o título da GP2, principal porta de entrada para a Fórmula 1.
Na categoria vencida pelo piloto reserva da Red Bul, nenhum brasileiro teve lugar em 2016. Para o ano que vem, Sérgio Sette Câmara, que foi 11º colocado no Campeonato Europeu de Fórmula 3, já está confirmado na equipe MP Motorsport.
Na Fórmula E, que teve a segunda temporada concluída em julho, o suíço Sébastien Buemi conquistou o título, superando por apenas dois pontos o brasileiro Lucas di Grassi. O piloto da Renault e.Dams ainda confirmou a boa fase e venceu as duas etapas disputadas no segundo semestre deste ano, surgindo como forte candidato ao bi.
O francês Simon Pagenaud, da Penske, fez história na Fórmula Indy, conquistando o primeiro título na categoria, quatro temporadas depois de vencer o prêmio de estreante do ano. Outro destaque foi o americano Alexander Rossi, da Andretti, que levou a melhor nas 500 Milhas de Indianápolis.
Entre os brasileiros, o veterano Helio Castroneves foi o destaque, ficando na terceira colocação na classificação final. Tony Kanaan, por sua vez, encerrou o ano no sétimo lugar.
No Dakar, disputado em janeiro na Argentina e Bolívia, o francês Stéphane Peterhansel, que guiou um para a Peugeot, tendo o compatriota Jean-Paul Cottret como navegador, conquistou o sexto título entre os carros. O australiano Toby Price venceu entre as motos, o holandês Gerard de Rooy entre os caminhões, e o argentino Marcos Patronelli entre os quads.
O espanhol Marc Márquez, da Honda, conquistou o terceiro título na MotoGP, desbancando o italiano Valentino Rossi, e o compatriota Jorge Lorenzo, que era o detentor do título, ambos da Yamaha. Os dois companheiros, aliás, protagonizaram momentos tensos na temporada, incluindo discussão após o Grande Prêmio de San Marino.
Na Moto2, o francês Johann Zarco foi campeão, enquanto o ítalo-brasileiro Franco Morbidelli teve grande desempenho, especialmente na segunda metade da competição, em que terminou em quarto. Já o sul-africano Brad Binder sobrou e ergueu o troféu da Moto3.
A temporada teve roteiro parecido ao de 2014 e 2015, com o filho do finlandês Keke Rosberg, que ficou com o título de 1982, e o britânico Lewis Hamilton, disputando a taça curva a curva. Desta vez, no entanto, o desfecho foi diferente, especialmente pela arrancada fulminante, e depois pela regularidade na parte final do campeonato.
O alemão, que já havia vencido as três provas finais do ano passado, subiu ao topo do pódio nas quatro primeiras etapas de 2016: Austrália, Bahrein, China e Rússia, fazendo quase que o dobro dos pontos do companheiro de escuderia (100 a 57), que ocupava o segundo posto na tabela de classificação.
Aos poucos, Hamilton foi diminuindo a diferença, até dar o bote e pular para a ponta na Hungria, abrindo ainda vantagem de 19 pontos após o GP da Alemanha. Rosberg, no entanto, reagiu, vencendo as três corridas seguintes, reassumindo a liderança em Cingapura. Com o terceiro lugar na Malásia e a vitória no Japão, colocou pressão no rival
Nas quatro etapas finais, Estados Unidos, México, Brasil e Abu Dhabi, o britânico venceu, mas sempre com o arquirrival no seu encalço, chegando na segunda colocação. Com isso, o título veio para Rosberg, com 385 pontos, cinco a frente de Hamilton.
Cinco dias depois de garantir o título nos Emirados Árabes, o campeão mundial surpreendeu, anunciando que deixaria a Fórmula 1, justamente no dia em que recebeu o troféu. No discurso em que fez a bombástica revelação, admitiu que estar no topo da categoria era seu sonho e que alcaçar isso foi extremamente duro.
"Foi uma experiência incrível para mim, que lembrarei para sempre. Ao mesmo tempo, foi um período muito difícil. Perder para Lewis Hamilton nos dois últimos anos foi extremamente difícil para mim. Isso deu um combustível em minha motivação de um modo que eu sequer sabia que seria possível reagir para alcançar", explicou.
O lugar vago na Mercedes agitou o mercado no fim do ano, com alguns nomes cogitados, o que, inclusive, poderia fazer com que Felipe Massa reconsiderasse a decisão de se aposentar da categoria, anunciada em setembro, fechando por, ao menos mais uma temporada, com a Williams.
Tudo isso porque o finlandês Valtteri Bottas, da escuderia inglesa, é um dos favoritos para acertar com a Mercedes. O outro é o alemão Pascal Wehrlein, que pilotou para a Manor em 2016, conseguindo fazer histórico um ponto. O espanhol Fernando Alonso também foi cogitado, mas garantiu que seguiria na McLaren.
No dia 15 de dezembro, o chefe de imprensa da escuderia, Bradley Lord, garantiu que o time alemão não anunciaria o substituto de Rosberg antes do dia 3 de janeiro.
Na "dança das cadeiras", Felipe Nasr pode acabar ficando sem assento para o próximo ano. O piloto ainda não tinha fechado com a Sauber ou com a Manor, únicas equipes, além da Mercedes, que não têm os dois titulares confirmados.
Já a permanência de Interlagos como palco de prova da categoria foi incógnita até novembro. O GP Brasil foi o último a ser confirmado para a próxima temporada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A edição de 2017 acontecerá em 12 de novembro e será mais uma vez, a penúltima a ser disputada.
Em 2016, além do campeão Rosberg, outro destaque foi o holandês Max Verstappen, que no ano anterior já tinha sido o mais jovem a pontuar na Fórmula 1, com 17 anos, mas agora foi muito além. Após quatro provas nesta temporada, com 11 pontos marcados, o piloto foi "promovido" da satélite Toro Rosso para a Red Bull.
Logo na estreia no novo time, em que substituiu o russo Daniil Kvyat, Verstappen venceu o GP da Espanha. Além disso, ainda conquistou mais cinco segundos lugares e dois terceiros, fechando a temporada na quinta colocação, com 204 pontos, ficando atrás dos pilotos da Mercedes, do australiano Daniel Ricciardo, seu companheiro na Red Bull, e do alemão Sebastian Vettel, da Ferrari.
Por falar em jovens pilotos, o francês Pierre Gasly, do programa de desenvolvimento da escuderia anglo-austríaca, financiado pela companhia de bebidas energéticas, conquistou o título da GP2, principal porta de entrada para a Fórmula 1.
Na categoria vencida pelo piloto reserva da Red Bul, nenhum brasileiro teve lugar em 2016. Para o ano que vem, Sérgio Sette Câmara, que foi 11º colocado no Campeonato Europeu de Fórmula 3, já está confirmado na equipe MP Motorsport.
Na Fórmula E, que teve a segunda temporada concluída em julho, o suíço Sébastien Buemi conquistou o título, superando por apenas dois pontos o brasileiro Lucas di Grassi. O piloto da Renault e.Dams ainda confirmou a boa fase e venceu as duas etapas disputadas no segundo semestre deste ano, surgindo como forte candidato ao bi.
O francês Simon Pagenaud, da Penske, fez história na Fórmula Indy, conquistando o primeiro título na categoria, quatro temporadas depois de vencer o prêmio de estreante do ano. Outro destaque foi o americano Alexander Rossi, da Andretti, que levou a melhor nas 500 Milhas de Indianápolis.
Entre os brasileiros, o veterano Helio Castroneves foi o destaque, ficando na terceira colocação na classificação final. Tony Kanaan, por sua vez, encerrou o ano no sétimo lugar.
No Dakar, disputado em janeiro na Argentina e Bolívia, o francês Stéphane Peterhansel, que guiou um para a Peugeot, tendo o compatriota Jean-Paul Cottret como navegador, conquistou o sexto título entre os carros. O australiano Toby Price venceu entre as motos, o holandês Gerard de Rooy entre os caminhões, e o argentino Marcos Patronelli entre os quads.
O espanhol Marc Márquez, da Honda, conquistou o terceiro título na MotoGP, desbancando o italiano Valentino Rossi, e o compatriota Jorge Lorenzo, que era o detentor do título, ambos da Yamaha. Os dois companheiros, aliás, protagonizaram momentos tensos na temporada, incluindo discussão após o Grande Prêmio de San Marino.
Na Moto2, o francês Johann Zarco foi campeão, enquanto o ítalo-brasileiro Franco Morbidelli teve grande desempenho, especialmente na segunda metade da competição, em que terminou em quarto. Já o sul-africano Brad Binder sobrou e ergueu o troféu da Moto3.
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