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Portugal é campeão europeu pela 1ª vez; Messi flerta com adeus na Argentina

22/12/2016 13h53

Redação Central, 22 dez (EFE).- A seleção portuguesa, de maneira discreta, é bem verdade, foi a grande vencedora do ano entre as seleções internacionais de futebol, graças à conquista da Eurocopa, que encerrou o jejum de títulos de Cristiano Ronaldo, enquanto, a uma margem de Oceano Atlântico de distância, Lionel Messi voltou a sofrer em campo com a Argentina.

No torneio do Velho Continente, realizado na França, o ineditismo da presença de 24 participantes foi atração. O número maior de seleções e a suposta fragilidade de muitas delas não ajudaram os lusitanos na fase de grupos, onde o camisa 7 mais famoso da atualidade teve que se desdobrar para buscar a classificação.

Na estreia, os portugueses empataram com a Islândia em 1 a 1. Na segunda rodada, placar em branco no duelo com a Áustria. Por fim, depois de ficarem três vezes atrás no marcador, os comandados por Fernando Santos arrancaram um 3 a 3 com a Hungria, com Cristiano anotando o segundo e o terceiro gols de sua seleção.

Com três pontos, os futuros campeões avançaram como um dos melhores terceiros colocados, mas, beneficiados pelo mau desempenho de adversários tradicionais, não encarou nenhuma camisa pesada. Nas oitavas, vitória sobre a Croácia, na prorrogação, por 1 a 0, e nas quartas, contra a Polônia, a classificação veio nos pênaltis.

A primeira atuação de alto nível veio nas semifinais, contra o País de Gales, de Gareth Bale. O placar 2 a 0 foi construído com gols de Cristiano Ronaldo e Nani e deu direito a encarar a França, que havia despachado Irlanda, Islândia e Alemanha nas fases eliminatórias.

Na nervosa decisão, Portugal perdeu seu craque aos 25 minutos do primeiro tempo, por lesão. Ainda assim, não faltou luta, além de ótima atuação do goleiro Rui Patrício. Na prorrogação, aos 4 da etapa complementar, o atacante Éder, habitualmente criticado pela torcida, virou herói, ao marcar o gol do inédito título.

Na América também houve disputa de competição, com a edição extraordinária da Copa América - que comemorou 100 anos de criação - disputada nos Estados Unidos e que não valeria vaga na Copa das Confederações de 2017, na Rússia.

O título ficou com o Chile, já vencedor no ano anterior, quando atuou em casa. Na trajetória, Arturo Vidal e companhia chegaram a atropelar o México, nas quartas de final, com goleada por 7 a 0. Depois disso, veio a vitória sobre a Colômbia por 2 a 0.

Na decisão, reencontro com a Argentina, batida em Santiago. De novo, o roteiro foi composto por tempo normal, prorrogação e pênaltis. Messi perdeu o primeiro para os vice-campeões mundiais, que acabaram superados por 4 a 2.

Ainda na noite da disputa da final, o camisa 10 anunciou que não defenderia mais a 'Albiceleste', uma declaração que caiu como uma bomba no mundo do futebol e gerou comoção no nosso vizinho. O craque voltou atrás semanas depois, já com Edgardo Bauza, ex-São Paulo, substituindo Gerardo Martino.

As mudanças no comando também afetaram outras grandes seleções mundiais, como a brasileira, que trocou Dunga por Tite, a italiana, que tem Giampiero Ventura como substituto de Antonio Conte, que acertou com o Chelsea, a espanhola, com Julen Lopetegui sucedendo o aposentado Vicente del Bosque.

A alteração de técnico mais traumática, no entanto, aconteceu na Inglaterra, que caiu nas oitavas de final da Euro, perdendo para a surpreendente Islândia, o que causou a demissão de Roy Hodgson. Sam Allardyce foi escolhido para ocupar a função, acabou envolvido em escândalo, ao admitir que participava de um esquema envolvendo o treinador para burlar regras de transferências no país.

O ex-zagueiro do 'English Team', Gareth Southgate, que comandava a equipe sub-21, foi nomeado como interino, e acabou sendo efetivado no fim de novembro deste ano.

Voltando aos torneios continentais, além de Portugal e Chile, a Nova Zelândia se sagrou campeã em 2016, erguendo pela quinta vez o troféu da Copa das Nacções da Oceania, após vitória sobre Papua Nova Guiné, nos pênaltis, na decisão. Com isso, a seleção do país disputará a Copa das Confederações.

A competição, que contará com os seis campeões de continentes, o vencedor atual da Copa do Mundo e a Rússia, país-sede, teve chaves sorteadas. Os anfitriões encabeçam o grupo A estarão ao lado de neozelaneses, portugueses e mexicanos.

No grupo B, a Alemanha é a grande atração, tendo como adversários o Chile, a Austrália, além do vencedor da Copa Africana de Nações, que acontecerá no início do ano que vem, no Gabão.

Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, que tem o Brasil na liderança na América do Sul, já muito perto da vaga, o panorama ainda é inicial em algumas disputas, como na Europa, em que quatro rodadas foram disputadas até o momento.

Na Ásia, a metade da fase final foi disputada, com Irã, Coreia do Sul e Uzbequistão protagonizando a luta pelas duas vagas diretas do grupo A, e Arábia Saudita, Japão, Austrália e Emirados Árabes nas briga por ir ao Mundial.

Na África, duas de seis rodadas da fase final já aconteram, enquanto nas Américas do Norte e Central (Concacaf), o hexagonal final, com Costa Rica, México, Panamá, Honduras, Trinidad e Tobago e Estados Unidos, teve duas jornadas das dez que serão realizadas.

A grade decepção, até o momento, é a seleção americana, que foi mal nas fases preliminares e agora está na lanterna na corrida para ir à Copa, sem qualquer ponto conquistado, o que levou a demissão do técnico alemão Jürgen Klinsmann.