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Advogado diz que Benzema irá continuar lutando para provar inocência

16/12/2016 10h20

Paris, 16 dez (EFE).- O atacante Karim Benzema, do Real Madrid, vai continuar lutando para provar que é inocente no caso em que é acusado de ser cúmplice de chantagem a Mathieu Valbuena, meia do Lyon e companheiro de seleção da França, afirmou o advogado do artilheiro, Sylvain Cormair, após a rejeição nesta sexta-feira do recurso pela defesa para tentar anular o processo.

"Continuamos nossa luta para provar a inocência de Karim", disse Comair à Agência Efe, após a decisão do Tribunal de Apelação de Versalhes de manter a fase de instrução do processo aberta, o que pode levar o atacante ao banco dos réus em 2017.

"É uma má notícia do ponto de vista do procedimento, mas não muda nada a questão", disse o advogado, que revelou que estuda apresentar um recurso à Suprema Corte da França sobre a decisão de hoje.

Segundo Comair, um novo juiz de instrução vai determinar o próprio calendário sobre os próximos passos do julgamento. A antiga juíza responsável pelo caso, diz a defesa, tinha mostrado parcialidade em sua atuação.

O advogado de Benzema se referiu a uma fiança que ela tinha imposto a Benzema após a acusação, valor que foi revogado pelo Tribunal de Apelação de Versalhes posteriormente.

Benzema é acusado de ser cúmplice dos autores do crime. Eles ameaçaram divulgar um vídeo com conteúdo sexual no qual Valbuena aparece caso o jogador do Lyon não pagasse uma grande quantia de dinheiro.

Após Valbuena denunciar os fatos, a polícia infiltrou um agente na negociação para descobrir quem eram os chantagistas. Isso permitiu identificar Mustapha Zouaoui e Axel Angot.

Diante das dificuldades para obter o dinheiro, esses dois homens recorreram, segundo a acusação, a Karim Zenati, um amigo de infância de Benzema, e pediram que ele intercedesse através do jogador do Real Madrid. O atacante então falou com Valbuena durante uma concentração da seleção francesa em Paris, em 5 de outubro de 2015.

De acordo com os promotores, Benzema tentou persuadir o companheiro de seleção a pagar os chantagistas, algo negado pelo atacante, que afirma que o único objetivo era ajudar Valbuena.

No recurso, os advogados dos acusados afirmam que o caso está "viciado" pela intervenção de um policial infiltrado com falsa identidade, que os incitou a cometer os crimes.