Futebol italiano teve prejuízo de 525,5 milhões de euros em 2014-2015
Roma, 29 out (EFE).- O futebol da Itália registrou na temporada 2014-2015 um prejuízo de 525,5 milhões de euros, segundo o primeiro estudo financeiro sobre o movimento futebolístico do país, apresentado em Roma pela federação de futebol do país (FIGC).
O estudo, realizado em parceria com a auditora Deloitte e chamado "Conta econômica do futebol italiano", reflete que o futebol italiano arrecadou 3,7 bilhões de euros na temporada 2014-2015 e gastou cerca de 4 bilhões.
Além disso, o trabalho ressalta sua importância em nível internacional, pois a indústria do 'calcio' representa 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do futebol mundial.
O documento leva em consideração os dados relativos às divisões profissionais e de base, masculinas e femininas, do futebol de campo, de salão e de praia.
Segundo o estudo, 98,7% dos prejuízos registrados foram gerados pelas ligas profissionais (que incorreram em cerca de 519 milhões de euros).
A FIGC, por outro lado, foi a única entidade que fechou a temporada com lucro líquido - de 4 milhões de euros, quantia que acabou limitando o prejuízo a 525,5 milhões.
Quanto ao faturamento, as ligas profissionais contribuíram com 70% (2,6 bilhões).
A receita líquida da FIGC representou 4% do total, com 153,5 milhões de euros, e a das ligas administradas pela competição, 2% (68 milhões).
O estudo também destaca que na temporada 2014-2015 somente 12 das 86 clubes analisados conseguiram um resultado econômico positivo e que só 7 dos 20 que integram a primeira divisão tiveram lucro líquido.
Em relação aos custos, estes ficaram próximos de 4 bilhões de euros, e deles, 77% foram produzidos pelo setor de profissionais. Além disso, cerca de 2 bilhões de euros foram destinados a despesas de pessoal.
O estudo mostrou ainda que os clubes profissionais italianos dependem cada vez mais dos direitos de televisão, que subiram constantemente no quinquênio 2010-2015.
Neste sentido, os clubes italianos registraram um crescimento constante quanto a receitas geradas por direitos televisivos entre 2010 e 2015: passaram de 105,9 milhões do primeiro ano para 172,6 milhões do último considerado, totalizando 692,7 milhões.
Esta quantia é comparável ao valor arrecadado pela primeira divisão alemã (701,9 milhões), mas ainda está longe do de competições como os campeonatos Inglês (846,7 milhões) e Espanhol (866,4 milhões).
A pesquisa também analisa a situação dos estádios e a presença de torcedores, e afirma que ultrapassa 50% da capacidade só nas partidas da primeira divisão. Na segunda, a ocupação é de 41%, e na terceira é de 24%.
Na temporada 2014-2015, até 8,4 milhões de ingressos não foram vendidos, um número muito maior que o de outras ligas europeias de elite, como a alemã (1,3 milhão não vendidos) e a inglesa (1,4 milhão).
Uma das razões principais que explicam estes dados negativos está na qualidade dos estádios, que seguem sem ser remodelados: os das equipes da elite têm em média 64 anos de idade, e os da segunda divisão, 68 anos.
O presidente da FIGC, Carlo Tavecchio, reconheceu que o estudo evidencia alguns problemas significativos do futebol italiano, mas destacou que são análises como esta que levam a progressos.
"Estamos fazendo uma grande avaliação estatístico-científica do sistema futebolístico italiano. Apresentamos o que é o futebol, um jogo que tem inevitavelmente situações colaterais que incidem no sistema econômico, social e ético do país", afirmou.
"Mas se acrescentarmos estrelas à nossa marca com estudos como este, podemos nos transformar cada vez mais em uma referência", concluiu.
O estudo, realizado em parceria com a auditora Deloitte e chamado "Conta econômica do futebol italiano", reflete que o futebol italiano arrecadou 3,7 bilhões de euros na temporada 2014-2015 e gastou cerca de 4 bilhões.
Além disso, o trabalho ressalta sua importância em nível internacional, pois a indústria do 'calcio' representa 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do futebol mundial.
O documento leva em consideração os dados relativos às divisões profissionais e de base, masculinas e femininas, do futebol de campo, de salão e de praia.
Segundo o estudo, 98,7% dos prejuízos registrados foram gerados pelas ligas profissionais (que incorreram em cerca de 519 milhões de euros).
A FIGC, por outro lado, foi a única entidade que fechou a temporada com lucro líquido - de 4 milhões de euros, quantia que acabou limitando o prejuízo a 525,5 milhões.
Quanto ao faturamento, as ligas profissionais contribuíram com 70% (2,6 bilhões).
A receita líquida da FIGC representou 4% do total, com 153,5 milhões de euros, e a das ligas administradas pela competição, 2% (68 milhões).
O estudo também destaca que na temporada 2014-2015 somente 12 das 86 clubes analisados conseguiram um resultado econômico positivo e que só 7 dos 20 que integram a primeira divisão tiveram lucro líquido.
Em relação aos custos, estes ficaram próximos de 4 bilhões de euros, e deles, 77% foram produzidos pelo setor de profissionais. Além disso, cerca de 2 bilhões de euros foram destinados a despesas de pessoal.
O estudo mostrou ainda que os clubes profissionais italianos dependem cada vez mais dos direitos de televisão, que subiram constantemente no quinquênio 2010-2015.
Neste sentido, os clubes italianos registraram um crescimento constante quanto a receitas geradas por direitos televisivos entre 2010 e 2015: passaram de 105,9 milhões do primeiro ano para 172,6 milhões do último considerado, totalizando 692,7 milhões.
Esta quantia é comparável ao valor arrecadado pela primeira divisão alemã (701,9 milhões), mas ainda está longe do de competições como os campeonatos Inglês (846,7 milhões) e Espanhol (866,4 milhões).
A pesquisa também analisa a situação dos estádios e a presença de torcedores, e afirma que ultrapassa 50% da capacidade só nas partidas da primeira divisão. Na segunda, a ocupação é de 41%, e na terceira é de 24%.
Na temporada 2014-2015, até 8,4 milhões de ingressos não foram vendidos, um número muito maior que o de outras ligas europeias de elite, como a alemã (1,3 milhão não vendidos) e a inglesa (1,4 milhão).
Uma das razões principais que explicam estes dados negativos está na qualidade dos estádios, que seguem sem ser remodelados: os das equipes da elite têm em média 64 anos de idade, e os da segunda divisão, 68 anos.
O presidente da FIGC, Carlo Tavecchio, reconheceu que o estudo evidencia alguns problemas significativos do futebol italiano, mas destacou que são análises como esta que levam a progressos.
"Estamos fazendo uma grande avaliação estatístico-científica do sistema futebolístico italiano. Apresentamos o que é o futebol, um jogo que tem inevitavelmente situações colaterais que incidem no sistema econômico, social e ético do país", afirmou.
"Mas se acrescentarmos estrelas à nossa marca com estudos como este, podemos nos transformar cada vez mais em uma referência", concluiu.
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