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Campeão da Volta da Espanha em 2002 nega tentativa de roubo de loja

27/10/2016 17h07

Alicante (Espanha), 27 out (EFE).- O vencedor da Volta da Espanha de ciclismo de 2002, Aitor González, negou nesta quinta-feira que tivesse tentado roubar uma loja na cidade de Alicante, no sudeste do país europeu, e atribuiu a prisão a um erro dos agentes policiais.

González foi detido na madrugada de terça-feira em uma loja de telefones celulares em Alicante, onde supostamente tinha acabado de derrubar a veneziana e quebrar o vidro com um martelo. Um agente de folga ouviu ruídos e alertou uma patrulha policial, que deteve González em flagrante antes que ele conseguisse consumar o roubo.

Após ser colocado à disposição da Justiça espanhola, o juiz decretou sua liberdade provisória com acusações, já que lhe atribui o suposto crime de roubo em grau de tentativa.

Em declarações à Agência Efe, González relatou que "estava bebendo com alguns amigos" naquela noite e que conheceu um homem que estava "vestido igual" a ele, e que, "em um dado momento, quebrou a vitrine" da loja.

González acrescentou que estava no mesmo lugar que esse homem desconhecido, que não sabe sua identidade, mas acredita que ele era estrangeiro. O ex-ciclista relatou que o suposto assaltante fugiu e que a polícia chegou num instante e acabou lhe prendendo.

"Ele saiu correndo, e eu, que era o único que estava com ele, não fiz absolutamente nada", disse González.

"Estou muito tranquilo porque eu não fiz nada, e o único que me preocupa é o dano que isso está causando a minha família. Não tentei roubar absolutamente nada. Tenho 41 anos e acredito que sou um pouco velho para começar a fazer essas coisas", insistiu o ex-ciclista.

O ganhador da Volta da Espanha em 2002 acrescentou que tem "projetos em andamento" neste momento de sua vida, concretamente a abertura de um centro de alto rendimento com um túnel do vento para o treinamento de ciclistas profissionais e de outros atletas de elite.

Esta não é a primeira detenção do ex-atleta, que tem no currículo uma vitória em uma etapa do Tour de France de 2004 e três no Giro D'Itália, duas em 2002 e uma em 2003. Em agosto de 2007, González foi condenado a apagar uma multa de 1.080 euros e à retirada da carteira de motorista durante um ano e um dia por dirigir sob os efeitos de álcool e cocaína e pôr em risco a segurança do trânsito.

O histórico do ex-ciclista tem ainda outras duas detenções. Em janeiro de 2008, em Elche, teria participado de uma agressão ao gerente e a um funcionário de uma imobiliária em um assunto relacionado com uma dívida. Em 2011, ficou à disposição da justiça por seu suposto envolvimento em uma fraude de mais de mil euros de um banco.