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Ex-colegas, jogadores e clubes lamentam morte de Carlos Alberto Torres

25/10/2016 16h18

Rio de Janeiro, 25 out (EFE).- Lembrado no futebol com admiração pelo grande jogador que foi, mas também com carinho por quem jogou ou conviveu com ele, Carlos Alberto Torres, que morreu nesta terça-feira no Rio de Janeiro vítima de um infarto fulminante, recebeu uma série de homenagens através de notas oficiais e postagens na internet.

Um dos principais companheiros e amigos, Pelé foi multicampeão com Carlos Alberto no Santos, no New York Cosmos e na seleção brasileira, com destaque para o título mundial na Copa de 1970, no México.

"Fico triste com a morte do meu amigo irmão Carlos Alberto, nosso querido 'Capita', lembrando os tempos que estivemos juntos no Santos, na Seleção Brasileira e no Cosmos, formando uma parceria vencedora. Fomos campeões no Santos, na Seleção e no Cosmos. Infelizmente a gente tem que entender isso e que a vida continua. Para a sua família mando minhas condolências", lamentou Pelé em comunicado.

Pelé e o 'Capita' são lembrados por um dos gols mais reprisados da história das Copas, o último da vitória da seleção brasileira sobre a Itália por 4 a 1 na final em 1970. No lance, após troca de passes envolvendo boa parte do time, o camisa 10 rolou para o lateral-direito acertar, de primeira, uma bomba que estufou a rede do goleiro Albertosi.

Outro integrante da equipe de 70 que manifestou sua tristeza foi Gerson. O 'Canhotinha de Ouro' prestou solidariedade à familía de Carlos Alberto, lembrando de seu filho Alexandre Torres, também ex-jogador.

"Meu amigo, meu companheiro e meu capitão se foi. Um dia muito triste para mim, minha família e o Brasil. Fico com as grandes lembranças. À família, o meu eterno apoio. Ao filho Alexandre, a certeza de que se você seguir os passos do seu pai, você será grande também como ele", esreveu o 'Canhota'.

A admiração pelo 'Capita' não é restrita aos brasileiros. O alemão Franz Beckenbauer, que também jogou com o ex-lateral no Cosmos, voltou ao Twitter após três meses para homenagear o ex-companheiro. "Heidi (esposa de Beckenbauer) e eu estamos profundamente chocados. Carlos Alberto era como um irmão para mim, um dos meus melhores amigos", disse o 'Kaiser'.

Uma das imagens mais marcantes do futebol é o 'Capita' beijando e depois levantando a Taça Jules Rimet após a final com os italianos. Em 2002, Cafu fez algo parecido na conquista do penta.

"Hoje se foi a lenda do Futebol mundial, meu amigo, o inesquecível, o Grande Capita. Meus sentimentos e respeito à família", tweetou Cafu.

Quem também usou o Twitter para reverenciar Carlos Alberto foi Ronaldinho Gaúcho, que destacou o ídolo como uma referência além das quatro linhas.

"Um exemplo de liderança dentro e fora de campo, um grande amigo que sempre me tratou com grande carinho. Descanse em paz, Eterno capitão!!!", escreveu o meia.

Houve ainda homenagens nas redes sociais ao capitão do tri por parte de Marta, o ex-meia Leonardo, o ex-meia e ex-lateral Belletti e o alemão Lothar Matthaus, entre outros.

Os clubes mais marcantes da carreira de Carlos Alberto também reverenciaram o ex-jogador e ex-técnico. O Fluminense fez questão de lembrar que o ídolo foi formado em suas categorias de base.

"Hoje nós perdemos um dos maiores jogadores da história do Brasil e do futebol. Um jogador formado nas Laranjeiras, lateral-direito espetacular, uma pessoa incrível, o Carlos Alberto Torres. Um dos primeiros jogos que vi no Maracanã, em 1975, ele era o nosso lateral. Foi um grande ídolo meu na infância e sempre vai ser. Mora nos nossos corações para sempre. Um cara espetacular. Merece todas as homenagens", manifestou-se o Tricolor em nota divulgada em seu site.

Carlos Alberto deixou o Flu em 1966 para defender o Santos, onde foi bicampeão brasileiro e pentacampeão paulista ao lado de Pelé, Pepe e tantos outros grandes jogadores.

"O Santos FC lamenta o falecimento do ídolo Carlos Alberto Torres, que tinha 72 anos. Ele jogou 445 partidas e marcou 40 gols, no período de 1965 a 1975, e é considerado o melhor lateral direito da história do Alvinegro Praiano. O Clube decretou luto oficial de três dias", afirmou o Peixe.

Pelo Botafogo, o Capita atuou por apenas um ano. Entretanto, os torcedores do Alvinegro se recordam com alegria de uma das principais conquistas da história do clube, a Copa Conmebol de 1993, em que o time tinha Carlos Alberto como técnico.

"O que fica é o agradecimento por tudo que fez para o Botafogo: obrigado, Carlos Alberto Torres!", disse o Botafogo no Twitter com as hashtags "Eterno Capita" e "Descanse em paz".

No Flamengo, a principal lembrança é a do título do Campeonato Brasileiro de 1983, em que Carlos Alberto dirigiu Zico, Junior, Adílio, Nunes e companhia. "O Capita Eterno honrou o Manto Sagrado como jogador e treinador. Técnico do Tri Brasileiro de 1983. Uma perda irreparável. Descanse em paz", homenageou o Rubro-Negro.

Já o Cosmos, que em 1982 contou com Carlos Alberto, Pelé e Beckenbauer, entre outros, se referiu ao ex-lateral como "lenda". "Estamos profundamente tristes pela perda de Carlos Alberto, um jogador legendário e uma pessoa maravilhosa. Ele sempre vai fazer parte da família Cosmos", escreveu a equipe americana no Twitter.

A CBF, por sua vez, divulgou que o velório do capitão do tri acontecerá em sua sede, no Rio de Janeiro, e anunciou luto oficial de três dias.

"Com enorme pesar, a CBF lamenta que o mundo do futebol tenha sido surpreendido, nesta terça-feira (25), pelo falecimento de Carlos Alberto Torres. Lenda da Seleção Brasileira, o Capitão do Tricampeonato de 1970 morreu no Rio de Janeiro, vítima de um infarto", comunicou a entidade.