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Lucarelli admite dores e revela "corujão" para acelerar recuperação

20/08/2016 02h10

Rio de Janeiro, 19 ago (EFE).- Lesionado na coxa direita, o ponta Lucarelli, uma das principais peças da seleção brasileira masculina de vôlei, admitiu nesta sexta-feira ter disputado a semifinal contra a Rússia com dores e relatou todo o esforço que vem fazendo para estar bem na parte final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

"A gente fez um exame que constatou a lesão, mas eu disse que faltavam apenas dois jogos e eu não queria ficar de fora. Parado, eu não sinto nada. É uma dor que vem quando faço um esforço, vou para baixo, mudo a direção da corrida e ataco. Na hora do jogo, eu sinto, mas a vontade de ajudar é tão grande que não penso muito, só lembro quando o jogo acaba", declarou o ponta na zona mista do Maracanãzinho após a vitória sobre os russos por 3 sets a 0.

Lucarelli deu detalhes do que vai fazer para estar bem na decisão contra a Itália, no próximo domingo, mas reconheceu que será difícil estar em quadra totalmente livre da contusão.

"A condição física não vai mudar muito, a gente tem menos de 48 horas. A gente está fazendo corujão no quarto, ficando até as quatro da manhã tratando, acorda e já trata de novo, usa todos os aparelhos que tem no quarto para fisioterapia, descansa... Faz tudo para estar o melhor que puder para a final", contou.

Bernardinho falou sobre a situação de Lucarelli e do também ponta Lipe, que vinha sendo dúvida para a seleção devido a um problema nas costas. O técnico disse que o segundo já está bem e garantiu que o não colocará o primeiro em risco mesmo se tratando de uma decisão.

"Se é uma pequena lesão, 'vambora'. Mas se há um risco de sequela, a gente tira o atleta, olha para o banco e põe outro. Se ele suportar a dor, poderá jogar. O Lipe era um caso diferente, a coluna estava travada, destravou, e ele está pronto", afirmou Bernardinho.

Já o fisioterapeuta da seleção, Guilherme Tenius, prometeu esforço máximo e brincou dizendo que acredita que Lucarelli vai querer jogar "mesmo com uma perna só".

"A gente faz tudo que está a nosso alcance para tirar a dor e acelerar o processo de cicatrização. Não é uma lesão grande, senão ele não conseguiria jogar, e a gente espera que a lesão mantenha esse tamanho", declarou Tenius, que garantiu que nenhum procedimento invasivo será feito para que ele dispute a decisão.