Portugal resiste a noite ruim de CR7, bate Polônia nos pênaltis vai às semis
Marselha, 30 jun (EFE).- Mesmo sem contar com boa atuação de seu craque, Cristiano Ronaldo, a seleção de Portugal se tornou nesta quinta-feira a primeira semifinalista da Eurocopa ao vencer a Polônia nos pênaltis por 5 a 3 no estádio Vélodrome, em Marselha, após empate em 1 a 1 no tempo normal que persistiu na prorrogação.
A seleção polonesa até saiu na frente, com o primeiro e único gol de Lewandowski nesta Euro, aos dois minutos de bola rolando, mas a equipe dirigida por Fernando Santos empatou ainda na etapa inicial, com o jovem Renato Sanches.
A vitória poderia ter saído ainda no tempo normal ou na prorrogação, mas Cristiano, em noite para ser esquecida no aspecto individual, desperdiçou ao menos três grandes chances, todas com furadas, e o classificado saiu mesmo nas penalidades.
Os cinco batedores portugueses, incluindo o camisa 7, converteram, enquanto pela Polônia, que nas oitavas superou a Suíça justamente nos tiros diretos, Blaszczykowski foi o vilão ao ter a cobrança defendida pelo goleiro Rui Patrício.
Firme no sonho do título inédito, Portugal avançou pela quarta vez às semifinais de uma Eurocopa (2000, 2004, 2012 e 2016) em suas últimas cinco participações (caiu nas quartas em 2008).
Além disso, nesta edição realizada na França os lusitanos conseguiram avançar ao jogo que decidirá uma vaga na decisão do título mesmo sem vencer uma partida no tempo normal de 90 minutos, empatando os três duelos pela fase de grupos (com Islândia, Áustria e Hungria), o de oitavas de final (venceu a Croácia na prorrogação) e o de hoje.
Portugal voltará a campo na próxima quarta-feira, em Lyon, onde enfrentará País de Gales ou Bélgica. Essas duas seleções medirão forças nesta sexta, em Lile.
Já a Polônia, apesar do revés, tem o que comemorar, já que nunca havia passado da fase de grupos na competição continental nem obtido uma vitória sequer. Desta vez, despede-se de forma invicta, com vitórias sobre Irlanda do Norte e Ucrânia e empates com Alemanha, Suíça e Portugal.
Os poloneses tiveram todos os jogadores à disposição e puderam repetir a equipe considerada titular. Em Portugal, Fernando Santos teve três desfalques: o lateral-esquerdo Raphaël Guerreiro, o volante André Gomes e o meia João Moutinho. Eliseu, Renato Sanches e Adrien Silva, nessa ordem, foram os substitutos.
Antes do pontapé inicial, houve homenagem aos 43 mortos no atentado realizado em Istambul, na Turquia, na última terça, com respeito de um minuto de aplausos antes da bola rolar.
Os atletas das duas seleções, além do trio de arbitragem comandado pelo alemão Felix Brych, se reuniram no centro do gramado, enquanto os cerca de 65 mil torcedores presentes no estádio aplaudiam as vítimas.
Nem bem a bola rolou e a Polônia já fez 1 a 0, aproveitando falha do sistema defensivo português. Logo aos dois minutos do primeiro tempo, Cédric errou na inversão de jogo, Grosicki recolheu e cruzou por baixo para Lewandowski arrematar e enfim marcar um gol nesta Euro.
A desvantagem no placar não abalou a seleção vice-campeã de 2004, que ficou mais com a bola e atacou com perigo pela primeira vez aos nove minutos. Cédric tocou da direita para o meio, e Cristiano Ronaldo carimbou a marcação. A sobra ficou com Nani, que também teve o chute bloqueado.
A Polônia, por sua vez, passou a marcar ainda mais forte e a sair apenas "na boa". Aos 16, Milik foi acionado pela direita e tocou para Lewandowski, que se antecipou a Pepe e bateu por baixo para defesa do goleiro Rui Patrício. Seis minutos depois, a bola foi de pé em pé no ataque polonês até chegar a Grosicki, que buscou 'Lewa' no meio, mas errou o passe.
O time de Adam Nawalka errava pouco, mas mesmo assim deu um presente a Nani, aos 28 minutos. O camisa 17 ganhou e tocou para Cristiano Ronaldo, que também chutou rasteiro. Atento, Fabianksi fez a defesa.
Aos 33, porém, os poloneses não escaparam de levar o empate. Renato Sanches tocou para Nani, recebeu de volta de calcanhar, ajeitou para o pé esquerdo e encheu o pé. A bola desviou em Krychowiak e morreu no cantinho esquerdo, sem chances para Fabianski.
Portugal ainda reclamou de um pênalti, aos 42 minutos, mas a arbitragem considerou a jogada legal. Eliseu levantou, Nani ficou com a sobra depois do corte de Glik e caiu na área, mas o alemão Felix Brych deixou seguir.
Na volta do intervalo, os times passaram a ser mais cautelosos, arriscando menos no ataque. Portugal continuava criando mais, mas sua grande estrela falhou duas vezes em sequência. Aos dez minutos, Cristiano Ronaldo foi acionado na área e poderia ter tocado para o meio, mas optou pelo chute e cedeu tiro de meta. Aos 14, Nani cruzou, e o camisa 7 teve tudo para desempatar, mas furou. Adrien ainda pegou a sobra, mas bateu em cima da marcação.
Se como definidor Cristiano não estava acertando, o atacante foi bem como garçom, aos 18. Ele dominou no meio e rolou para a chegada de Cédric, que soltou a bomba de longe, tirando tinta da trave direita.
A Polônia enfim atacou com certo perigo na segunda etapa aos 23 minutos. Blaszczykowski abriu na ponta esquerda para Jedrzejczyk, que mandou para a área. Milik se antecipou a Pepe, mas não pegou em cheio, e Rui Patrício defendeu em dois tempos.
Ainda com a filosofia de sair apenas na boa, a equipe de Nawalka incomodava do jeito que podia. Aos 29 minutos, Nani foi desarmado na intermediária de ataque, Piszczek acelerou e inverteu para Grosicki, que isolou.
A resposta foi dada aos 32, em escanteio cobrado por João Mario. José Fonte cabeceou firme, mas o goleiro segurou. Pouco depois, aos 33, Jedrzejczyk se esticou para interceptar o passe para Cristiano e quase marcou contra.
Cansado, nervoso, ou as duas coisas juntas, Cristiano Ronaldo voltou a furar em lance decisivo, aos 40 minutos. João Moutinho lançou do meio de campo, e o craque tentou de primeira de pé esquerdo, mas não pegou bem, e Fabianksi pegou tranquilamente.
O astro do Real Madrid completou a "trinca" de furadas logo a um minuto no primeiro tempo da prorrogação. Depois de mais um lançamento da esquerda, Cristiano colocou o pé esquerdo à frente, mas passou da bola, e a defesa afastou.
Se a grande referência não decidia, Portugal apostava em outros jogadores de destaque. Aos oito, Cédric cruzou da direita, e Nani cabeceou para fora. Aos 12, Nani encheu o pé de fora, e, bem colocado, Fabianski defendeu sem dar rebote.
Foi Portugal quem teve o grande contra-ataque dos 15 minutos finais, mas a bola não entrou. Aos seis, Cristiano disparou pela esquerda e tocou para Renato Sanches, que abriu com Eliseu. O lateral levantou com força, e a defesa cortou em escanteio.
Nos pênaltis, todos os sete primeiros batedores converteram. Na quarta cobrança da Polônia, porém, Blaszczykowski parou em Rui Patrício. Quaresma acertou na sequência, e Portugal se classificou.
Ficha técnica:.
Polônia: Fabianski; Piszczek, Glik, Pazdan e Jedrzejczyk; Krychowiak, Maczynski (Jodlowiec), Blaszczykowski e Grosicki (Kapustka); Milik e Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.
Portugal: Rui Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte e Eliseu; William Carvalho (Danilo), Renato Sanches, Adrien Silva (João Moutinho) e João Mário (Quaresma); Nani e Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.
Árbitro: Felix Brych (Alemanha), auxiliado pelos compatriotas Mark Borsch e Stefan Lupp.
Cartões amarelos: Jedrzejczyk, Glik e Kapustka (Polônia); Adrien Silva e William Carvalho (Portugal).
Gols: Lewandowski (Polônia); Renato Sanches (Portugal).
Nos pênaltis: Cristiano Ronaldo, Renato Sanches, João Moutinho, Nani e Quaresma converteram (Portugal); Lewandowski, Milik e Glik converteram - Blaszczykowski errou (Polônia).
Estádio: Vélodrome, em Marselha.
A seleção polonesa até saiu na frente, com o primeiro e único gol de Lewandowski nesta Euro, aos dois minutos de bola rolando, mas a equipe dirigida por Fernando Santos empatou ainda na etapa inicial, com o jovem Renato Sanches.
A vitória poderia ter saído ainda no tempo normal ou na prorrogação, mas Cristiano, em noite para ser esquecida no aspecto individual, desperdiçou ao menos três grandes chances, todas com furadas, e o classificado saiu mesmo nas penalidades.
Os cinco batedores portugueses, incluindo o camisa 7, converteram, enquanto pela Polônia, que nas oitavas superou a Suíça justamente nos tiros diretos, Blaszczykowski foi o vilão ao ter a cobrança defendida pelo goleiro Rui Patrício.
Firme no sonho do título inédito, Portugal avançou pela quarta vez às semifinais de uma Eurocopa (2000, 2004, 2012 e 2016) em suas últimas cinco participações (caiu nas quartas em 2008).
Além disso, nesta edição realizada na França os lusitanos conseguiram avançar ao jogo que decidirá uma vaga na decisão do título mesmo sem vencer uma partida no tempo normal de 90 minutos, empatando os três duelos pela fase de grupos (com Islândia, Áustria e Hungria), o de oitavas de final (venceu a Croácia na prorrogação) e o de hoje.
Portugal voltará a campo na próxima quarta-feira, em Lyon, onde enfrentará País de Gales ou Bélgica. Essas duas seleções medirão forças nesta sexta, em Lile.
Já a Polônia, apesar do revés, tem o que comemorar, já que nunca havia passado da fase de grupos na competição continental nem obtido uma vitória sequer. Desta vez, despede-se de forma invicta, com vitórias sobre Irlanda do Norte e Ucrânia e empates com Alemanha, Suíça e Portugal.
Os poloneses tiveram todos os jogadores à disposição e puderam repetir a equipe considerada titular. Em Portugal, Fernando Santos teve três desfalques: o lateral-esquerdo Raphaël Guerreiro, o volante André Gomes e o meia João Moutinho. Eliseu, Renato Sanches e Adrien Silva, nessa ordem, foram os substitutos.
Antes do pontapé inicial, houve homenagem aos 43 mortos no atentado realizado em Istambul, na Turquia, na última terça, com respeito de um minuto de aplausos antes da bola rolar.
Os atletas das duas seleções, além do trio de arbitragem comandado pelo alemão Felix Brych, se reuniram no centro do gramado, enquanto os cerca de 65 mil torcedores presentes no estádio aplaudiam as vítimas.
Nem bem a bola rolou e a Polônia já fez 1 a 0, aproveitando falha do sistema defensivo português. Logo aos dois minutos do primeiro tempo, Cédric errou na inversão de jogo, Grosicki recolheu e cruzou por baixo para Lewandowski arrematar e enfim marcar um gol nesta Euro.
A desvantagem no placar não abalou a seleção vice-campeã de 2004, que ficou mais com a bola e atacou com perigo pela primeira vez aos nove minutos. Cédric tocou da direita para o meio, e Cristiano Ronaldo carimbou a marcação. A sobra ficou com Nani, que também teve o chute bloqueado.
A Polônia, por sua vez, passou a marcar ainda mais forte e a sair apenas "na boa". Aos 16, Milik foi acionado pela direita e tocou para Lewandowski, que se antecipou a Pepe e bateu por baixo para defesa do goleiro Rui Patrício. Seis minutos depois, a bola foi de pé em pé no ataque polonês até chegar a Grosicki, que buscou 'Lewa' no meio, mas errou o passe.
O time de Adam Nawalka errava pouco, mas mesmo assim deu um presente a Nani, aos 28 minutos. O camisa 17 ganhou e tocou para Cristiano Ronaldo, que também chutou rasteiro. Atento, Fabianksi fez a defesa.
Aos 33, porém, os poloneses não escaparam de levar o empate. Renato Sanches tocou para Nani, recebeu de volta de calcanhar, ajeitou para o pé esquerdo e encheu o pé. A bola desviou em Krychowiak e morreu no cantinho esquerdo, sem chances para Fabianski.
Portugal ainda reclamou de um pênalti, aos 42 minutos, mas a arbitragem considerou a jogada legal. Eliseu levantou, Nani ficou com a sobra depois do corte de Glik e caiu na área, mas o alemão Felix Brych deixou seguir.
Na volta do intervalo, os times passaram a ser mais cautelosos, arriscando menos no ataque. Portugal continuava criando mais, mas sua grande estrela falhou duas vezes em sequência. Aos dez minutos, Cristiano Ronaldo foi acionado na área e poderia ter tocado para o meio, mas optou pelo chute e cedeu tiro de meta. Aos 14, Nani cruzou, e o camisa 7 teve tudo para desempatar, mas furou. Adrien ainda pegou a sobra, mas bateu em cima da marcação.
Se como definidor Cristiano não estava acertando, o atacante foi bem como garçom, aos 18. Ele dominou no meio e rolou para a chegada de Cédric, que soltou a bomba de longe, tirando tinta da trave direita.
A Polônia enfim atacou com certo perigo na segunda etapa aos 23 minutos. Blaszczykowski abriu na ponta esquerda para Jedrzejczyk, que mandou para a área. Milik se antecipou a Pepe, mas não pegou em cheio, e Rui Patrício defendeu em dois tempos.
Ainda com a filosofia de sair apenas na boa, a equipe de Nawalka incomodava do jeito que podia. Aos 29 minutos, Nani foi desarmado na intermediária de ataque, Piszczek acelerou e inverteu para Grosicki, que isolou.
A resposta foi dada aos 32, em escanteio cobrado por João Mario. José Fonte cabeceou firme, mas o goleiro segurou. Pouco depois, aos 33, Jedrzejczyk se esticou para interceptar o passe para Cristiano e quase marcou contra.
Cansado, nervoso, ou as duas coisas juntas, Cristiano Ronaldo voltou a furar em lance decisivo, aos 40 minutos. João Moutinho lançou do meio de campo, e o craque tentou de primeira de pé esquerdo, mas não pegou bem, e Fabianksi pegou tranquilamente.
O astro do Real Madrid completou a "trinca" de furadas logo a um minuto no primeiro tempo da prorrogação. Depois de mais um lançamento da esquerda, Cristiano colocou o pé esquerdo à frente, mas passou da bola, e a defesa afastou.
Se a grande referência não decidia, Portugal apostava em outros jogadores de destaque. Aos oito, Cédric cruzou da direita, e Nani cabeceou para fora. Aos 12, Nani encheu o pé de fora, e, bem colocado, Fabianski defendeu sem dar rebote.
Foi Portugal quem teve o grande contra-ataque dos 15 minutos finais, mas a bola não entrou. Aos seis, Cristiano disparou pela esquerda e tocou para Renato Sanches, que abriu com Eliseu. O lateral levantou com força, e a defesa cortou em escanteio.
Nos pênaltis, todos os sete primeiros batedores converteram. Na quarta cobrança da Polônia, porém, Blaszczykowski parou em Rui Patrício. Quaresma acertou na sequência, e Portugal se classificou.
Ficha técnica:.
Polônia: Fabianski; Piszczek, Glik, Pazdan e Jedrzejczyk; Krychowiak, Maczynski (Jodlowiec), Blaszczykowski e Grosicki (Kapustka); Milik e Lewandowski. Técnico: Adam Nawalka.
Portugal: Rui Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte e Eliseu; William Carvalho (Danilo), Renato Sanches, Adrien Silva (João Moutinho) e João Mário (Quaresma); Nani e Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.
Árbitro: Felix Brych (Alemanha), auxiliado pelos compatriotas Mark Borsch e Stefan Lupp.
Cartões amarelos: Jedrzejczyk, Glik e Kapustka (Polônia); Adrien Silva e William Carvalho (Portugal).
Gols: Lewandowski (Polônia); Renato Sanches (Portugal).
Nos pênaltis: Cristiano Ronaldo, Renato Sanches, João Moutinho, Nani e Quaresma converteram (Portugal); Lewandowski, Milik e Glik converteram - Blaszczykowski errou (Polônia).
Estádio: Vélodrome, em Marselha.
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