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Del Bosque admite "desgosto" com derrota, mas diz que Espanha não jogou mal

Gerard Julien/AFP
Imagem: Gerard Julien/AFP

21/06/2016 20h08

Bordeaux (França), 21 jun (EFE).- O técnico Vicente del Bosque admitiu que o clima no vestiário após a derrota para a Croácia por 2 a 1 não era dos melhores, já que o resultado da partida desta terça-feira em Bordeaux deixou a Espanha em segundo lugar no grupo D, mas considerou que a equipe não teve um desempenho ruim.

"O vestiário estava em um silêncio que não é preciso descrever. Foi um desgosto perder", reconheceu o treinador, que, no entanto, ao avaliar o desempenho do time, considerou que o resultado foi fruto de um deslize.

"Não fizemos uma partida ruim. Jogamos com interesse, e a derrota veio num vacilo aos 44 minutos do segundo tempo, com um placar favorável. Mas no restante não tenho nenhuma queixa dos jogadores, eles deram tudo de si", analisou.

Na visão de Del Bosque, 'La Roja' deveria ter se preocupado mais em defender na parte final do jogo. "Não tivemos o cuidado de manter a bola e de não ficarmos expostos a um contra-ataque como o que originou o gol de Perisic. O resultado está aí, e o que temos de fazer é levantar a cabeça. Continuamos na competição, e, embora não seja o caminho desejado, vamos tentar nos erguer e seguir em frente", declarou.

"Temos tempo para analisar o que significa o confronto com a Itália. Não era o caminho desejado por nós, essa é a verdade, mas é o que o futebol nos reserva. Era um jogo que parecia estar sob controle e não haver riscos quanto ao resultado, mas coisas do futebol nos levaram a esta derrota", acrescentou.

Quando o placar ainda era de 1 a 1, a Espanha teve um pênalti a seu favor, mas Sergio Ramos desperdiçou a cobrança, parando em defesa do goleiro Subasic. "Há uma série de batedores, e o que estiver mais confiante bate. É algo do jogo, não deve ser imposto", comentou Del Bosque, que também evitou culpar pela derrota o goleiro De Gea, que falhou no segundo gol croata.

"Ele não teve muito trabalho, e não podemos culpá-lo pelos gols. O segundo foi um contra-ataque, e no primeiro ele foi fuzilado de perto. Não devemos ficar apontando o dedo. Se perdemos, perdemos todos. Somos culpados todos", disse.