França mobilizará 90 mil agentes de segurança durante a Eurocopa
A França, que segue em estado de alerta antiterrorista após os atentados do novembro passado em Paris, mobilizará mais de 90 mil agentes de segurança durante o período de realização da Eurocopa 2016, anunciou o ministro do Interior do país, Bernard Cazeneuve.
"A precaução total não garante risco zero. Faremos tudo o que for possível para evitar um ataque terrorista e nos prepararemos para dar qualquer resposta", disse o titular da pasta, em entrevista publicada nesta quarta-feira no jornal L'Équipe.
O Ministério do Interior divulgou, através do Twitter que, entre o efetivo, 77 mil são de agentes ligados ao gabinete, incluindo 10 mil militares, além de 13 mil seguranças privados e mais mil voluntários.
Cazeneuve destacou em entrevista que o objetivo do governo da França é que a "Eurocopa seja uma manifestação festiva". O representante da pasta lembrou, no entanto, que há uma ameaça sem precedentes de ataques terroristas em toda a Europa.
No país, houve grande polêmica pela manutenção dos espaços reservados para torcedores que não têm ingressos, as 'fan fests', já que especialistas apontam que há alto grau de dificuldade para manter esses locais seguros.
"Se não houver isso, os torcedores se reunirão com total improvisação e o risco se multiplicaria", explicou o ministro.
Cazeneuve garantiu que serão tomadas medidas excepcionais para autorizar acesso do público a esses locais, em que haverá forte controle de segurança, impedimento de entrada com malas e mochilas.
Os serviços de inteligência e analistas de análise de riscos estarão mobilizados "nas 24 horas do dia" durante a Eurocopa, garantem as autoridades francesas.
Além disso, o governo não descarta ordenar que algum jogo seja realizado sem público. Até o momento, no entanto, os serviços secretos de França e outros países não detectaram ameaça concreta nas 51 partidas programadas.
Algumas seleções, de acordo com o governo francês terão atenção especial, como os anfitriões, Rússia, Ucrânia, Turquia e Inglaterra. Além disso, alguns jogos estão sendo considerados de risco, como Alemanha e Polônia, Bélgica e Itália, entre outros.
Segundo o ministro do Interior, além do terrorismo, há outras ameaças na Eurocopa, como a ação de torcedores violentos e o risco de confusões dentro dos estádios.
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