Galo segura ataque do Racing, perde chances e empata sem gols na Argentina
Buenos Aires, 27 abr (EFE).- Primeiro brasileiro a entrar em campo pelas oitavas de final da atual edição da Taça Libertadores, o Atlético-MG foi acuado em alguns momentos, infeliz na finalização em outros e acabou empatando com o Racing em 0 a 0 nesta quarta-feira no estádio El Cilindro, em Buenos Aires.
Quem teve maior volume de jogo foi o time da casa, que, no entanto, incomodava apenas na bola parada e nos lançamentos. Em um deles, Lisandro López, ex-atacante do Internacional, carimbou a trave. Já o Galo teve ao menos três chances muito claras para deixar a Argentina com a vitória, mas Júnior Urso, duas vezes, e Robinho, falharam na hora de definir.
Dessa forma, o Atlético precisará vencer por qualquer placar na partida de volta, daqui a uma semana, em Belo Horizonte. A diretoria ainda não anunciou se exercerá o mando de campo na Arena Independência ou no Mineirão. Um empate com gols dará a vaga nas quartas de final a 'La Academia', enquanto um novo 0 a 0 levará a pênaltis.
O técnico Diego Aguirre teve quase todos os principais atletas à disposição, com exceção do atacante Luan, que sofreu séria lesão no joelho direito. Com isso, ele realizou duas mudanças em relação à goleada sobre o Melgar, pela última rodada da fase de grupos: a volta do zagueiro Leonardo Silva, que cumpriu suspensão, e a entrada de Dátolo no meio em lugar de Cazares.
No Racing, a principal baixa foi Gustavo Bou, artilheiro da Libertadores em 2015. O atacante sofreu um edema na cicatriz da distensão sofrida na coxa esquerda há um mês e está fora de combate. O técnico Facundo Sava optou pela entrada de mais um meia, Acuña, e Lisandro López foi o único atacante de ofício entre os titulares.
Já nos primeiros instantes de partida, 'La Academia' demonstrou que buscaria o gol a todo momento. Logo aos dois minutos da etapa inicial, Óscar Romero, irmão gêmeo de Ángel Romero, do Corinthians, percebeu o goleiro Victor adiantado e tentou por cobertura, mas exagerou na força e cedeu tiro de meta.
No lance seguinte, aos três minutos, o próprio Romero cobrou falta levantando na área, Grimi cabeceou buscando o canto. Victor segurou firme.
O Galo apareceu no ataque pela primeira vez aos 11 minutos, com Pratto. O centroavante argentino girou dentro da área e conseguiu arrematar, mas Saja, ex-Grêmio, defendeu sem problemas.
A resposta do Racing foi dada com duas tentativas perigosas em sequência. Ainda aos 11, Noir levantou e Leonardo Silva cortou do jeito que deu. Aos 12, depois do escanteio e de desvio no meio, Grimi balançou a rede, mas a arbitragem assinalou impedimento.
Os donos da casa tinham o controle das ações, mas a equipe mineira conseguia manter a bola fora de sua área ou obrigava o adversário a apelar para o chuveirinho. No ataque, porém, o campeão continental de 2013 ia mal. Aos 23, Pratto sofreu falta, e Dátolo cobrou buscando o compatriota, que escorou para fora.
O volume de jogo do Racing era maior, mas quem tinha as principais oportunidades era a equipe mineira. Aos 34 minutos, Pillud saiu jogando errado, Pratto aproveitou e arriscou de longe. Depois de desvio, Saja teve dificuldades, mas espalmou para o lado.
As chances da equipe mandante não era tão claras assim, mas mesmo assim Victor tinha trabalho. Aos 39, Romero bateu falta, Sánchez cabeceou e o arqueiro atleticano pegou firme no chão.
Apesar de ter atacado menos, o Atlético poderia ter ido para o intervalo em vantagem no placar. Nos acréscimos, aos 47 minutos, Robinho adiantou na ponta esquerda para Dátolo, que cruzou fechado. Livre de marcação, Júnior Urso cabeceou para o chão e errou o alvo por centímetros.
Com menos de um minuto no segundo tempo, Romero demonstrou que o Atlético continuaria encurralado. O meia paraguaio surpreendeu chutando direto na cobrança de falta pela ponta direita, e Victor se esticou todo para espalmar.
Muitas vezes chamado de 'São Victor', o camisa 1 operou mais um milagre na carreira aos sete minutos. Aued ajeitou de cabeça, Grimi finalizou de fora da área e contou com desvio. O goleiro se esticou todo e evitou que o placar fosse aberto.
O jogo foi ficando cada vez mais aberto, e o gol parecia maduro. Aos 13, Acuña fez bonita jogada individual na ponta esquerda, passando entre Marcos Rocha e Rafael Carioca antes de cruzar fechado. Victor não saiu, mas, para sorte dos atleticanos, ninguém completou para a rede.
A resposta foi dada um minuto depois, quando o atual campeão mineiro enfim encaixou um contra-ataque. Robinho carregou da esquerda de defesa para o meio e rolou para Pratto, que, da entrada da área, encheu o pé e tirou tinta do travessão.
A empolgação com a chance na frente acabou deixando espaço atrás. Aos 19 minutos, Romero descolou ótimo lançamento para a direita da área até Lisandro López, que ajeitou e soltou uma bomba na trave esquerda.
O tão desejado gol fora não saía, mas agora não mais por falta de chances e sim por incompetência nas finalizações. Aos 25, Marcos Rocha lançou, Robinho se colocou à frente do zagueiro com o corpo e deu um leve toque por cobertura, mas pegou mal e mandou para fora. Logo depois, aos 26, o próprio camisa 7 deu passe açucarado para Júnior Urso, que concluiu em cima de Saja.
Em mais uma das inúmeras tentativas de 'La Academia' na bola parada, aos 32, Romero lançou da meia direita até a segunda trave para Lisandro López, que cabeceou nas mãos de Victor.
A última aparição mais perigosa do Atlético no ataque aconteceu aos 35 minutos, quando Douglas Santos pegou sobra na esquerda, chutou de longe e cedeu tiro de meta. A partir daí, a equipe brasileira limitou-se a ficar na defesa.
Num dos poucos vacilos da retaguarda atleticana, aos 42, o gol não saiu por muita sorte. A bola foi de pé em pé na direita do ataque do Racing, Videla levantou e o zagueiro Vittor, livre curtindo uma de centroavante, escorou de cabeça por cima.
Ficha técnica:.
Racing: Saja; Pillud, Sánchez, Vittor e Grimmi (Díaz); Aued e Videla; Noir (Martínez), Acuña e Romero; Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.
Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Júnior Urso e Dátolo (Clayton); Robinho (Cazares) e Lucas Pratto. Técnico: Diego Aguirre.
Árbitro: Julio Quintana (Paraguai), auxiliado pelos compatriotas Eduardo Cardozo e Roberto Cañete.
Cartões amarelos: Acuña (Racing); Leonardo Silva, Rafael Carioca e Júnior Urso (Atlético-MG).
Estádio: El Cilindro, em Buenos Aires.
Quem teve maior volume de jogo foi o time da casa, que, no entanto, incomodava apenas na bola parada e nos lançamentos. Em um deles, Lisandro López, ex-atacante do Internacional, carimbou a trave. Já o Galo teve ao menos três chances muito claras para deixar a Argentina com a vitória, mas Júnior Urso, duas vezes, e Robinho, falharam na hora de definir.
Dessa forma, o Atlético precisará vencer por qualquer placar na partida de volta, daqui a uma semana, em Belo Horizonte. A diretoria ainda não anunciou se exercerá o mando de campo na Arena Independência ou no Mineirão. Um empate com gols dará a vaga nas quartas de final a 'La Academia', enquanto um novo 0 a 0 levará a pênaltis.
O técnico Diego Aguirre teve quase todos os principais atletas à disposição, com exceção do atacante Luan, que sofreu séria lesão no joelho direito. Com isso, ele realizou duas mudanças em relação à goleada sobre o Melgar, pela última rodada da fase de grupos: a volta do zagueiro Leonardo Silva, que cumpriu suspensão, e a entrada de Dátolo no meio em lugar de Cazares.
No Racing, a principal baixa foi Gustavo Bou, artilheiro da Libertadores em 2015. O atacante sofreu um edema na cicatriz da distensão sofrida na coxa esquerda há um mês e está fora de combate. O técnico Facundo Sava optou pela entrada de mais um meia, Acuña, e Lisandro López foi o único atacante de ofício entre os titulares.
Já nos primeiros instantes de partida, 'La Academia' demonstrou que buscaria o gol a todo momento. Logo aos dois minutos da etapa inicial, Óscar Romero, irmão gêmeo de Ángel Romero, do Corinthians, percebeu o goleiro Victor adiantado e tentou por cobertura, mas exagerou na força e cedeu tiro de meta.
No lance seguinte, aos três minutos, o próprio Romero cobrou falta levantando na área, Grimi cabeceou buscando o canto. Victor segurou firme.
O Galo apareceu no ataque pela primeira vez aos 11 minutos, com Pratto. O centroavante argentino girou dentro da área e conseguiu arrematar, mas Saja, ex-Grêmio, defendeu sem problemas.
A resposta do Racing foi dada com duas tentativas perigosas em sequência. Ainda aos 11, Noir levantou e Leonardo Silva cortou do jeito que deu. Aos 12, depois do escanteio e de desvio no meio, Grimi balançou a rede, mas a arbitragem assinalou impedimento.
Os donos da casa tinham o controle das ações, mas a equipe mineira conseguia manter a bola fora de sua área ou obrigava o adversário a apelar para o chuveirinho. No ataque, porém, o campeão continental de 2013 ia mal. Aos 23, Pratto sofreu falta, e Dátolo cobrou buscando o compatriota, que escorou para fora.
O volume de jogo do Racing era maior, mas quem tinha as principais oportunidades era a equipe mineira. Aos 34 minutos, Pillud saiu jogando errado, Pratto aproveitou e arriscou de longe. Depois de desvio, Saja teve dificuldades, mas espalmou para o lado.
As chances da equipe mandante não era tão claras assim, mas mesmo assim Victor tinha trabalho. Aos 39, Romero bateu falta, Sánchez cabeceou e o arqueiro atleticano pegou firme no chão.
Apesar de ter atacado menos, o Atlético poderia ter ido para o intervalo em vantagem no placar. Nos acréscimos, aos 47 minutos, Robinho adiantou na ponta esquerda para Dátolo, que cruzou fechado. Livre de marcação, Júnior Urso cabeceou para o chão e errou o alvo por centímetros.
Com menos de um minuto no segundo tempo, Romero demonstrou que o Atlético continuaria encurralado. O meia paraguaio surpreendeu chutando direto na cobrança de falta pela ponta direita, e Victor se esticou todo para espalmar.
Muitas vezes chamado de 'São Victor', o camisa 1 operou mais um milagre na carreira aos sete minutos. Aued ajeitou de cabeça, Grimi finalizou de fora da área e contou com desvio. O goleiro se esticou todo e evitou que o placar fosse aberto.
O jogo foi ficando cada vez mais aberto, e o gol parecia maduro. Aos 13, Acuña fez bonita jogada individual na ponta esquerda, passando entre Marcos Rocha e Rafael Carioca antes de cruzar fechado. Victor não saiu, mas, para sorte dos atleticanos, ninguém completou para a rede.
A resposta foi dada um minuto depois, quando o atual campeão mineiro enfim encaixou um contra-ataque. Robinho carregou da esquerda de defesa para o meio e rolou para Pratto, que, da entrada da área, encheu o pé e tirou tinta do travessão.
A empolgação com a chance na frente acabou deixando espaço atrás. Aos 19 minutos, Romero descolou ótimo lançamento para a direita da área até Lisandro López, que ajeitou e soltou uma bomba na trave esquerda.
O tão desejado gol fora não saía, mas agora não mais por falta de chances e sim por incompetência nas finalizações. Aos 25, Marcos Rocha lançou, Robinho se colocou à frente do zagueiro com o corpo e deu um leve toque por cobertura, mas pegou mal e mandou para fora. Logo depois, aos 26, o próprio camisa 7 deu passe açucarado para Júnior Urso, que concluiu em cima de Saja.
Em mais uma das inúmeras tentativas de 'La Academia' na bola parada, aos 32, Romero lançou da meia direita até a segunda trave para Lisandro López, que cabeceou nas mãos de Victor.
A última aparição mais perigosa do Atlético no ataque aconteceu aos 35 minutos, quando Douglas Santos pegou sobra na esquerda, chutou de longe e cedeu tiro de meta. A partir daí, a equipe brasileira limitou-se a ficar na defesa.
Num dos poucos vacilos da retaguarda atleticana, aos 42, o gol não saiu por muita sorte. A bola foi de pé em pé na direita do ataque do Racing, Videla levantou e o zagueiro Vittor, livre curtindo uma de centroavante, escorou de cabeça por cima.
Ficha técnica:.
Racing: Saja; Pillud, Sánchez, Vittor e Grimmi (Díaz); Aued e Videla; Noir (Martínez), Acuña e Romero; Lisandro López. Técnico: Facundo Sava.
Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete, Júnior Urso e Dátolo (Clayton); Robinho (Cazares) e Lucas Pratto. Técnico: Diego Aguirre.
Árbitro: Julio Quintana (Paraguai), auxiliado pelos compatriotas Eduardo Cardozo e Roberto Cañete.
Cartões amarelos: Acuña (Racing); Leonardo Silva, Rafael Carioca e Júnior Urso (Atlético-MG).
Estádio: El Cilindro, em Buenos Aires.
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