Jogadores, técnicos, dirigentes e federações lamentam morte de Cruyff

Redação Central, 24 mar (EFE).- O mundo do futebol está de luto nesta quinta-feira com a morte de Johan Cruyff, vítima de câncer de pulmão aos 68 anos, e jogadores, ex-jogadores, técnicos, dirigentes, clubes e federações se pronunciaram para manifestar pesar.

Em comunicado de imprensa, o presidente da Fifa, Giorgio Infantino, disse que Cruyff foi um dos melhores jogadores de todos os tempo, um símbolo de futebol elegante e uma fonte de inspiração e admiração para os torcedores.

"Estou muito entristecido por sua morte, ele fará muita falta. Tanto pessoalmente quanto em nome da Fifa e do mundo do futebol, eu gostaria de estender minhas mais sinceras condolências à sua família e aos amigos", declarou Infantino em nota emitida pela federação internacional.

Outra entidade que expressou sua tristeza foi a Uefa, através de seu secretário-geral interino, Theo Theodoridis, que lembrou a importância do ídolo holandês para o esporte.

"A Uefa está profundamente triste pelo falecimento de uma lenda como Cruyff. O atacante holandês foi um dos grandes ícones do futebol europeu, e seus feitos dentro e fora do campo nunca cairão no esquecimento", enalteceu Theodoridis em comunicado.

Quem também se pronunciou foi o presidente suspenso do organismo europeu, o francês Michel Platini, que declarou ter ficado sem um ídolo e amigo.

"Hoje o futebol perdeu um de seus melhores jogadores e embaixadores da história. Estou muito triste porque foi meu herói de infância, meu ídolo e meu amigo. Meus pensamentos estão com a família dele, a quem envio todo o meu carinho", afirmou Platini, também segundo a Uefa.

O ex-jogador e ex-treinador foi destaque em dois times em especial, o Ajax e o Barcelona. Pela equipe holandesa, teve duas passagens como atleta, de 1964 a 1973 e de 1981 a 1983, período em que foi octocampeão nacional e tri continental, e uma como técnico, de 1985 a 1988.

"Diretoria, Conselho Fiscal, jogadores, funcionários e colaboradores estão chocados com a morte ainda repentina de Johan Cruyff, o maior ídolo do Ajax de todos os tempos. Desejamos força a familiares e amigos neste momento", expressou-se o clube de Amsterdã.

No clube catalão, Cruyff foi jogador de 1973 a 1978, conquistando apenas um título espanhol e um da Copa do Rei. Mas como treinador, de 1988 a 1996, faturou quatro troféus nacionais e um da Liga dos Campeões.

"O Barça expressa seus pêsames pela morte do ex-jogador e ex-treinador 'azulgrana' que é e será sempre uma lenda do clube", escreveu o Barcelona em sua conta no Twitter. "Sempre te amaremos, Johan. Descanse em paz", completou.

Andrés Iniesta e Lionel Messi, dois dos principais jogadores da equipe espanhola na atualidade também lamentaram a morte do ídolo. O meia revelou ter sido bastante influenciado pelo que viu e ouviu de Cruyff e a respeito dele.

"É um dia muito triste para o Barça e o futebol mundial por tudo que ele significou e significa. É uma grande perda para todos nós. Fico com a influência que ele teve", comentou Iniesta.

Já Messi foi mais direto e manifestou-se através do Facebook: "Outra lenda nos deixa", postou.

Não foram apenas as pessoas, os clubes e os organismos ligados ao holandês que falaram sobre sua morte. O alemão Franz Beckenbauer disse ter perdido um irmão, Luis Figo lembrou que Cruyff foi seu primeiro técnico fora de Portugal, Lothar Mathäus o descreveu como "um grande homem que transformou o futebol", e Diego Maradona adotou um tom mais poético: "Jamais te esqueceremos, Magrelo".