Na estreia de Cuca, Palmeiras quer revanche contra Nacional na Libertadores

Montevidéu, 16 mar (EFE).- De técnico novo, o Palmeiras viaja a Montevidéu para enfrentar nesta quinta-feira o Nacional, em um duelo que vale a liderança do Grupo 2 da Taça Libertadores, e que terá um clima de revanche depois da vitória dos uruguaios em São Paulo, por 2 a 1, na última semana, que provocou a queda de Marcelo Oliveira.

Cuca, campeão da Libertadores com o Atlético Mineiro em 2013, foi apresentado na última segunda-feira, e, apesar de assumir a equipe em um momento conturbado, tem uma missão clara: garantir a sequência do time na principal competição continental sul-americana.

Para conseguir cumprir o objetivo, a vitória em Montevidéu é mais do que importante. Depois da vitória na Allianz Arena, o Nacional assumiu a liderança da chave, com cinco pontos. O Palmeiras caiu para a segunda posição, com quatro, empatado com o Rosario Central, terceiro colocado. O River Plate, do Uruguai, vem na lanterna, mas ainda em condições de classificação, com dois.

O Palmeiras já está na capital uruguaia. Cuca decidiu levar 20 atletas para o duelo e terá desfalques importantes. Os atacantes Cristaldo, ainda com dores musculares, e Rafael Marques, que irá a uma audiência no Rio de Janeiro, não viajaram com o grupo. Como a Conmebol só permite que sete jogadores fiquem no banco de reservas, dois ainda serão cortados pelo treinador.

Em treino realizado na terça-feira, Cuca fez mudanças em relação à equipe que enfrentou o Nacional no primeiro duelo, ainda sob o comando de Marcelo Oliveira. Entraram no time o lateral-esquerdo Egídio, o zagueiro Edu Dracena, os volantes Gabriel e Arouca, o meia Allione e o atacante Alecsandro. Saíram o zagueiro Thiago Martins, os volantes Thiago Santos e Jean, o meia Robinho e os atacantes Gabriel Jesus e Cristaldo (por lesão).

Robinho, um dos destaques do time, mas que perdeu espaço no primeiro treinamento comandado por Cuca, se mostrou convencido de que o novo técnico pode levar o time à conquista da Libertadores.

"Ele chega com essa responsabilidade e com uma expectativa muito grande", disse o jogador em entrevista coletiva.

Pelo lado do Nacional, a moral está alta depois da vitória no primeiro duelo. A equipe uruguaia, inclusive, acredita que pode repetir o triunfo em Montevidéu.

"Conseguimos um bom resultado no Brasil e dependemos só de nós nessas três partidas. Sabíamos que podíamos ganhar lá, mas aqui também teremos um jogo difícil", disse o meia Leandro Barcia.

O técnico Gustavo Munúa, porém, tenta controlar as expectativas do elenco. Principalmente porque terá problemas para montar a equipe por causa de uma série de suspensões.

O lateral-direito Jorge Fucile, convocado pela seleção do Uruguai para enfrentar o Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, foi expulso ainda no primeiro tempo do duelo na Allianz Arena. Já o atacante brasileiro Léo Gamalho, que entrou na etapa final, levou o cartão vermelho já perto do término da partida.

Munúa irá improvisar o volante Santiago Romero no lugar de Fucile, enquanto Felipe Carballo deve entrar na proteção da zaga.

Por outro lado, o zagueiro Diego Polenta, que não jogou em São Paulo, volta à equipe.



Prováveis escalações:

Nacional: Conde; Romero; Victorino, Polenta e Espino; Porras, Carballo, Barcia e Ramírez; Fernández e López. Técnico: Gustavo Munúa.

Palmeiras: Prass; Lucas, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio; Arouca, Gabriel, Zé Roberto, Allione e Dudu; Alecsandro. Técnico: Cuca.

Árbitro: Carlos Vera (Equador), auxiliado pelos compatriotas Juan Macia e Flavio Nall.

Estádio: Parque Central, em Montevidéu (Uruguai).