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Dkjokovic reconhece que foram oferecidos US$ 200 mil para perder em 2007

18/01/2016 11h22

(Corrige moeda no primeiro parágrafo)

Redação Central, 18 jan (EFE).- O tenista sérvio Novak Djokovic, número 1 do mundo, contou nesta segunda-feira que em 2007 lhe ofereceram US$ 200 mil para perder uma partida, em meio à revelação de supostas manipulações de partidas no circuito profissional, segundo a ""BBC"".

"Se aproximaram de mim indiretamente através de pessoas que trabalhavam comigo neste momento. Obviamente, dissemos imediatamente que não. A pessoa que estava tentando entrar em contato comigo nem sequer veio a mim de forma direta", comentou Djokovic após derrotar na primeira rodada do Aberto da Austrália o sul-coreano Hyeon Chung.

As palavras de Djokovic foram ditas depois que a emissora britânica e o portal "BuzzFeed News" afirmaram que na década passada, 16 jogadores que figuravam entre os 50 melhores do mundo foram marcados pela chamada Unidade de Integridade do Tênis (TIU, por sua sigla em inglês) sob a suspeita de que entregavam partidos.

Ao sérvio teriam oferecido US$ 200 mil para perder na primeira rodada do torneio de São Petersburgo, por isso que decidiu não disputar o torneio porque não queria "estar ligado a isto de nenhuma maneira".

"Para mim é um ato que vai contra os valores do esporte, é um crime contra o esporte", acrescentou Djokovic, que ressaltou que desde então não voltou "a escutar algo similar" e que, segundo suas informações, a manipulação de partidas afeta torneios de categoria inferior, como os Challenger, mas não o circuito profissional ATP.

Nos documentos aos quais a "BBC" e "Buzzfeed News" tiveram acesso figura uma investigação aberta pela ATP em 2007. Seu trabalho, acrescenta a emissora, consistiu em analisar uma suspeita atividade de aposta por causa de uma partida disputada pelo russo Nikolay Davydenko e o argentino Martin Vassallo Argüello.

Os dois, sempre segundo a "BBC", foram absolvidos de violar as regras do jogo, mas a investigação foi ampliada sobre uma suposta rede de apostadores vinculados a jogadores.

Os documentos apontam sindicatos de apostas na Rússia e Itália, que apostavam milhares de libras em partidas que os investigadores pensaram que estavam manipuladas.

Três dessas partidas foram disputadas em Wimbledon.

O mundo do tênis introduziu um novo código de conduta em 2009, um ano após uma investigação, mas por razões legais os supostos casos de corrupção prévios não foram avaliados.