Segundo grupo reivindica autoria de atentado à seleção de Togo na sexta-feira em Cabinda
Um segundo grupo separatista, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda-Forças Armadas de Cabinda (Flec-FAC), assumiu nesta terça-feira a autoria do atentado contra a seleção de futebol do Togo na sexta-feira passada nesse território angolano, que matou pelo menos duas pessoas.
Em comunicado divulgado em Luanda, o Flec-FAC afirma que o atentado era dirigido contra as forças angolanas que escoltavam o comboio da seleção de futebol do Togo, e "lamenta" as vítimas causadas no grupo togolês.
Por esse motivo, a nota, assinada pelo tenente-general Estanislau Miguel Boma, chefe de Estado-Maior das Flec-FAC, afirma que não acontecerão novos ataques em Cabinda até o fim da Copa Africana de Nações, que começou no domingo e terminará em 31 de janeiro, em Angola.
Boma acrescenta que a trégua é destinada a "garantir melhor a segurança dos civis indefesos" durante a disputa da Copa Africana de Nações. O torneio tem como uma de suas sedes a cidade de Cabinda.
O atentado foi assumido antes, em Paris, por Rodrigues Mingas, chefe das Forças de Libertação do Estado de Cabinda-Posição Militar (Flec-PM), o que foi desmentido pelo Flec-FAC, que o acusou de "oportunismo para buscar protagonismo".
O ônibus que transportava a delegação do Togo que devia participar da Copa Africana de Nações, escoltado pela Polícia angolana, foi metralhado pouco após entrar em Cabinda, vindo do Congo.
No ataque, morreram três pessoas: o treinador assistente da seleção do Togo, Abalo Amelete, o chefe de imprensa, Stan Ocloo, e o motorista do ônibus, o que levou ao Governo togolês a retirar sua equipe da competição continental.
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