Atlético-MG diz que irá colaborar para identificar envolvidos em confusão na Arena MRV

O Atlético-MG informou que irá colaborar com as autoridades para identificar os envolvidos na confusão do último domingo (10), na Arena MRV, pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil, que terminou com vitória para o Flamengo por 1 a 0. O clube mineiro publicou uma nota em que firma compromisso para que casos como deste domingo não se repitam.

"A respeito dos incidentes ocorridos na Arena MRV durante a disputa da final da Copa Do Brasil, o Atlético vai colaborar com as autoridades para identificar os infratores", afirmou o vice-campeão da competição.

Um fotógrafo precisou foi internado após ser alvo de um rojão na Arena MRV. Nuremberg José Maria fazia a cobertura fotográfica quando foi atingido. Segundo a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG), Nuremberg fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. A entidade informou que ele foi socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia.

"A Arfoc-MG já havia relatado problemas desta natureza para a administração da Arena MRV. Foi acertado que medidas de segurança seriam implementadas. Mas, se foram, não são suficientes", criticou a entidade, em nota. "A Arfoc-MG presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos por vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra da Arena MRV e do Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos", finaliza.

Segundo a súmula da partida, bombas foram arremessadas em direção ao gramado em quatro oportunidades: aos 9, aos 49, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. O árbitro Raphael Claus também relatou arremessos de copos aos 6, aos 45, aos 51 e aos 82 minutos da partida. Todos vieram da torcida mandante.

Claus também registrou duas ocorrências de lasers que tentavam prejudicar a visão de Rossi, goleiro do Flamengo. Além disso, houve paralisação de sete minutos após o gol do Flamengo, por causa de objetos jogados nos jogadores. Foi nesse momento em que um torcedor invadiu o gramado.

Uma nova tentativa de invasão foi relatada pelo árbitro. Ela aconteceu instantes antes da premiação. Seguranças privados e agentes da Polícia Militar, inclusive com uso de gás de pimenta, contiveram os invasores.

O SupErior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode punir o Atlético-MG em caso de julgamento. O artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), prevê pena de multa de R$ 100 a R$ 100 mil para o arremesso de objetos no campo.

Ainda conforme a legislação, quando o caso for entendido como uma situação de "elevada gravidade" ou prejudicar o andamento da partida, o clube pode sofrer perda de mando de campo de uma a dez partidas.

Continua após a publicidade

Entretanto, o mesmo item do CBJD prevê isenção de responsabilidade do mandante se houver identificação e detenção dos autores do lançamento de objetos. "Sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para demonstrar a inexistência de responsabilidade (do clube)", diz o terceiro parágrafo do artigo 213.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.