Bruno Henrique quebra silêncio e se diz inocente sobre investigação de manipulação em jogo
Nos dias que precederam o jogo de volta da final da Copa do Brasil, uma notícia preocupante tomou conta da Gávea. Bruno Henrique, atacante do Flamengo, se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga manipulação em um jogo do Brasileirão 2023. Após o título rubro-negro, o jogador, de 33 anos, falou sobre o ocorrido e se disse "inocente" das acusações. Esta é a primeira vez que ele fala publicamente sobre o assunto.
Em entrevista ao SporTV, Bruno Henrique foi perguntado sobre as suspeitas de que teria contribuído para o favorecimento de familiares em jogo do Flamengo no ano passado. Sobre o ocorrido, ele respondeu que não é culpado das eventuais acusações e que tomou um susto com o acontecimento.
"Recebi de uma forma agressiva, né. Não esperava da forma que foi. Mas eu acredito na justiça lá de cima", disse Bruno Henrique emocionado, apontando para o céu. "Deus é um cara que sempre esteve comigo. Minha vida, minha trajetória, desde quando eu comecei a jogar futebol nunca foi fácil. Mas Deus sempre foi comigo. Eu estou tranquilo com relação a isso. Com meus advogados, meu empresário, as pessoas que estão nessa batalha comigo... eu só peço que a justiça seja feita."
O nome de Bruno Henrique tomou conta dos noticiários na terça-feira, dia 5. Na ocasião, agentes da PF cumpriram mandados de buscas e apreensão em endereços relacionados ao jogador em cinco cidades, incluindo no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, e a residência do atacante, no Rio. A assessoria de imprensa do atleta informou que não vai comentar o caso e assim o está fazendo. Já o Flamengo disse que acompanha a investigação e que não irá afastar o camisa 27. Ele começou o jogo deste domingo na reserva, mas entrou no segundo tempo no lugar de Gabigol.
Segundo a investigação, Bruno Henrique teria forçado a aplicação de cartões (um primeiro amarelo e outro seguido por um vermelho) no duelo com o Santos, em 1º de novembro de 2023, para beneficiar apostadores. A operação Spot-fixing apura possível manipulação justamente do chamado "mercado de cartões". O nome é relacionado à prática de atividade ilegal em uma partida, mas que não se relaciona com o resultado. Até o momento, não há nenhum mandado de prisão.
Ao todo, foram 12 mandados no Rio, Belo Horizonte, Vespiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). A investigação começou a partir de comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com relatórios da Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na sigla em inglês) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasileiro.
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