Fábio renova com o Fluminense e jogará até os 45 anos; clube rebate acusações do Vasco
Fernando Diniz pediu, após bela apresentação diante do Palmeiras, na vitória por 2 a 1, que o Fluminense renovasse imediatamente o contrato de Fábio, garantindo que ele tinha condições de jogar por muitos anos ainda. Nesta quinta-feira, o clube atendeu ao pedido do treinador e ampliou o vínculo com o goleiro até o fim de 2025. Além da boa notícia à torcida, a diretoria ainda soltou nota rebatendo as acusações do Vasco sobre o Maracanã.
"O melhor do Brasil é nosso! Fábio acerta renovação com o Flu até o fim de 2025! Seguimos juntos, paredão Tricolor!", anunciou o club e. Prestes a completar 43 anos, Fábio vai atuar até os 45 caso cumpra o novo contrato, o que o fará igualar o egípcio Essam El-Hadary, que em 2018 entrou em uma partida com os mesmos 45 anos. Atualmente Buffon anunciou a aposentadoria com 44.
Na história, dois goleiros jogaram com mais idade, mas em competições de menor importância. O uruguaio Robert Carmona atuou com 53 anos em 2015 com a camisa do Pan de Azucar. A marca foi batida por Isaak Hayik, que entrou em campo na quarta divisão de Israel aos 73 anos pelo Ironi Or Yehuda.
Além de elogiar o goleiro, Fernando Diniz deixou no ar a possibilidade de convocá-lo para a seleção brasileira. Fábio sempre sonhou em defender as cores no País e era apontado como nome certo em 2013 e 2014 quando foi bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, mas acabou preterido.
GUERRA PELO MARACANÃ
Um dia após o Vasco reclamar que Fluminense e Flamengo, administradores do consórcio do Maracanã, estavam impedindo-o de atuar no estádio no domingo, o Fluminense soltou nota oficial rebatendo as acusações da diretoria cruzmaltina.
"Em resposta à nota oficial do Vasco, o Fluminense repudia a ação despropositada e lesiva da agremiação cruzmaltina de tentar, pela via judicial, mandar um jogo no Maracanã, mesmo diante da inviabilidade de se organizar o estádio, com segurança e cuidados necessários, em um intervalo de menos de 12 horas, na madrugada, entre o fechamento e abertura dos portões das partidas das duas equipes", rebateu o time tricolor, que atuará no sábado no estádio contra o América-MG.
"A falta de segurança, aliás, foi o que motivou o Ministério Público do Rio de Janeiro a requerer e o Poder Judiciário a determinar a interdição do Estádio de São Januário para a realização de partidas com a presença de público, risco que a administração do Maracanã não pode correr por mero capricho do Vasco."
O clube ainda manifestou preocupação com o estado do gramado, pois na quinta-feira recebe o Olímpia pelas quartas de final da Libertadores. "Ao contrário do que o clube rival faz parecer, há outros estádios no Estado - e mesmo no Município - do Rio em melhores condições de sediar a partida de domingo, seja sob o aspecto técnico ou de segurança", disparou. "São evidentes, ainda, os impactos negativos que o uso intensivo do gramado traria a Fluminense e Flamengo, que disputam, neste momento, partidas importantíssimas em competições de mata-mata. Desprezar os prejuízos desportivos a serem suportados pelos dois clubes responsáveis pela gestão do Maracanã em benefício exclusivo dos interesses comerciais de uma única agremiação é, em tudo, uma atitude que não deveria ter lugar na relação entre entidades coirmãs."
Frisou, ainda, que apesar de o estádio ser um bem público, ele vem sendo administrado por Fluminense e Flamengo. "O Maracanã é um bem público sob permissão de uso de dois clubes, que são responsáveis pelo equipamento e sua manutenção, e que pode e deve estar à disposição dos demais, desde que haja disponibilidade de calendário e viabilidade técnica, o que inclui seguir criteriosamente as recomendações dos agrônomos responsáveis pelo tratamento do gramado. O interesse público não pode estar à mercê dos interesses comerciais de um único clube ou de seus dirigentes."
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