O comentarista e apresentador Joe Rogan manifestou indignação com a condenação de Cain Velasquez, ex-campeão dos pesos pesados do UFC, sentenciado a cinco anos de prisão por tentativa de homicídio. Durante episódio recente de seu podcast, o profissional disse não entender por que lutador está atrás das grades e defendeu que qualquer pai teria a mesma reação.
Velasquez foi preso em 2022 após perseguir de carro e disparar contra Harry Goularte, homem acusado de abusar sexualmente de seu filho. A perseguição terminou com o padrasto de Goularte, Paul Bender, baleado no braço. Em março, o atleta se declarou inocente, mas foi condenado à pena mínima possível, com direito a 1.283 dias de crédito por tempo já cumprido.
"Ele fez o que todo pai faria. Se você não é pai, você não entende a raiva assassina que você teria se algum homem molestasse seu bebê. Você não entende. Você ficaria vermelho de uma forma que ninguém descreveria para você, a menos que seja pai, essa raiva maldita. Ele não é um perigo para ninguém. Não deveria estar na prisão", opinou Joe Rogan.
Estado emocional
Para o apresentador, a reação de Cain Velasquez ao descobrir o suposto abuso contra seu filho foi o reflexo de uma "fúria assassina por um bom motivo". Ele afirmou que o ex-lutador estava tomado por uma emoção extrema e momentânea que justificaria uma alegação de insanidade temporária.
"Quero dizer, se existe uma alegação de insanidade temporária, essa é a alegação. Se existe uma pessoa que pode dizer com razão: 'Eu estava temporariamente insano', é um pai que está perseguindo alguém, especialmente um homem que molesta seu filho", explicou.
Ajuda presidencial
Joe Rogan também demonstrou esperança de que o presidente Donald Trump conceda um perdão presidencial a Cain Velasquez, considerando a gravidade emocional do caso e o tempo já cumprido pelo ex-lutador. Durante o podcast, ele mencionou a recente presença presidencial em um evento do UFC como oportunidade para sensibilizar o líder da Casa Branca sobre o caso. O comentarista ainda sugeriu que Dana White, CEO do UFC e aliado próximo de Trump, intervisse nos bastidores para ajudar.
Relembre o caso
Preso em fevereiro de 2022, Cain foi acusado de tentativa de homicídio, entre outros crimes, após, supostamente, se envolver em uma perseguição de carro em alta velocidade e disparar vários tiros contra um veículo contendo Harry Goularte, acusado de abusar sexualmente de seu filho, na época com apenas quatro anos, em uma creche. Um dos disparos atingiu o padrasto do alvo original, Paul Bender, causando um ferimento no braço.
Após oito meses detido, Velasquez teve direito à fiança, fixada em 1 milhão de dólares (cerca de R$ 5 milhões na cotação da época). Após pagar o valor, em novembro de 2022, o ex-campeão do UFC foi liberado e passou a responder ao processo em liberdade. Durante esse período, o veterano de 42 anos chegou a participar de eventos esportivos, atuando como assistente técnico, mediante autorização da Justiça.
Legado no UFC
Aos 42 anos e já aposentado das competições de MMA, Velasquez é considerado um dos pesos-pesados mais dominantes de todos os tempos. O americano estreou no UFC em 2006, onde conquistou o título da categoria duas vezes (em 2010 e 2012). Entre suas vitórias mais importantes estão as conquistas sobre Antônio 'Pezão' (duas vezes), Ben Rothwell, Brock Lesnar, Cheick Kongo, Junior 'Cigano' (duas vezes), Rodrigo 'Minotauro' e Travis Browne. Após se afastar das artes marciais mistas em 2019, o veterano decidiu se aventurar no pro-wrestling.
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