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Taura MMA assume dívida e culpa pandemia por atraso no pagamento de atletas

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

22/11/2020 13h44

Empresário de longa data no MMA, Alex Davis utilizou suas contas em redes sociais no último sábado (21) para criticar a demora do pagamento da bolsa do seu atleta Paulo Sergio Macedo. Em sua última apresentação, no evento 'Taura MMA 11', no dia 30 de outubro, o lutador de 29 anos cumpriu com seus compromissos e venceu o americano Mark Dickman, mas até o fechamento desta reportagem o valor combinado com a entidade ainda não havia sido depositado.

Em conversas com outros atletas que fizeram parte do card, a equipe da Ag Fight soube de ao menos dois outros competidores que não receberam suas bolsas. Estas dívidas foram reconhecidas pela organização, que enviou um comunicado à imprensa em que culpou as dificuldades causadas pela pandemia da COVID-19 pelo atraso, além de prometer quitar todos os valores.

"O Taura MMA sempre honrou os compromissos acordados e desta vez não será diferente. Até o momento, já quitamos o pagamento de 80% das bolsas dos atletas. Estamos próximos de quitar os 20% restantes. O atraso ocorreu devido a todas adversidades encontradas em meio a uma pandemia, como demora para receber os pagamentos dos patrocinadores e dos demais investidores", informou a assessoria do evento através de comunicado, antes de prometer finalizar os pagamentos que faltam em breve.

"Porém, sabemos do nosso compromisso e garantimos que ninguém ficará sem receber o que foi acordado. Apesar de compreender a urgência financeira de alguns, lamentamos a falta de paciência. Afinal, voltaremos ainda mais fortes em 2021 e lembraremos daqueles que sempre estiveram ao nosso lado", finalizou.

Depois de reformular a organização do show, o Taura MMA retomou seus eventos na temporada 2020 com planos ousados, incluindo a realização de edições nos Estados Unidos. Para isso, contratou nomes conhecidos do cenário nacional, como os ex-UFC Renan 'Barão', Antônio 'Pezão', Fabio Maldonado e Daniel Sarafian, entre outros.

No entanto, apenas duas das quatro edições programadas para o final deste ano foram realizadas e, com o adiamento de seus shows para o próximo ano, os principais reforços sequer se apresentaram. Dentre eles, destaca-se o caso do peso-pesado Antônio Pezão, ex-desafiante ao título do UFC, que acusou os promotores do Taura de não cumprirem com as cláusulas do contrato e se retirou do card realizado no estado da Flórida (EUA) dias antes do combate.

Em conversa com a reportagem da Ag. Fight na ocasião, Djônatan Leão, presidente do Taura MMA, rebateu o atleta e afirmou que nenhuma parte do acordo com o veterano deixou de ser cumprida.

"Quando você acusa, tem que mostrar. Eu tenho contrato dele, todas as provas. Tudo que ele falou tem que provar. Quem quer fazer algo certo não fica falando, vai lá e faz", apontou.