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Glover fecha academia durante pandemia, mas mantém salários de funcionários em dia

Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ) e Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

08/04/2020 06h00

A pandemia de coronavírus, além de fazer vítimas e infectar milhares de pessoas pelo mundo, também impactou financeiramente as mais diversas economias globais. Com as recomendações para que todos fiquem em casa e evitem aglomerações, muitos estabelecimentos fecharam as portas e deixaram diversos empregos. Mas o lutador do UFC Glover Teixeira deu um exemplo a ser seguido. Apesar de ter fechado sua academia nos Estados Unidos, o peso-meio-pesado (93 kg) admitiu que segue mantendo o pagamento de seus funcionários.

No início de 2019, Glover abriu a academia 'Teixeira MMA', localizada em Danbury (EUA), no estado americano de Connecticut. Embora ainda que recente, com um pouco mais de um ano de funcionamento, o atleta revelou que já colhia bons frutos do seu investimento. Porém, com o COVID-19, ele não teve dúvidas em fechá-la para o público e só usar para a preparação de sua luta diante de Anthony Smith, marcada para o dia 25 de abril. Mesmo com esse fato, o lutador confessou, em entrevista ao vivo pelo Youtube à reportagem da Ag. Fight (clique aqui ou veja abaixo) que, pela relação boa com seus funcionários, não deixa de pagá-los em dia, apesar de poder sofrer um prejuízo financeiro no futuro.

"Acho que tudo vai abrir primeiro e deixar a academia por último, porque é um lugar fechado com bastante gente. Eu não olho muito por esse lado (financeiro), porque a academia está ótima, um sucesso. Agora aconteceu isso e teve que fechar, mas vamos ver quanto tempo vai ficar (fechada). Realmente é uma despesa grande, eu continuo pagando os funcionários, os professores, porque eles vivem só daquilo, são pais de família. Como que vou deixar de pagar os caras? Então é uma despesa realmente grande para mim no momento, mas estou pensando positivo e é mais um fato que eu preciso lutar. Agora é pensar que isso vai passar e que o prejuízo financeiro a gente tira de letra depois, desde que não afete a minha saúde e dos meus amigos. Única coisa que peço a Deus é manter a saúde de todo mundo. Nesse momento nem penso em prejuízo financeiro", disse, emenando.

"Enquanto puder, com certeza (vou continuar pagando todo mundo). É o mínimo que posso fazer. Não tem como largar os caras na mão até o ponto que eu conseguir. Eu também não sou um grande empresário, então a gente é mais afetado com isso. Os grandes empresários têm mais chance de manter sem problemas. Eu tenho três funcionários, somos amigos, eu conheço a família, conheço os filhos, então não tem como. Seria uma injustiça. Não consigo fazer isso. Querem me chamar de bobo, beleza. Mas a realidade é que eu não consigo mesmo", completou.

Glover Teixeira não luta desde setembro de 2019, quando derrotou Nikita Krylov por decisão dividida dos jurados. Atualmente o brasileiro, que ocupa o oitavo lugar no ranking dos meio-pesados, acumula três triunfos seguidos e não sabe o que é derrota desde julho de 2018.