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Brasileira Belinha de Pádua é suspensa por dois anos do UFC

Isabela de Padua em derrota para Ariane Lipski - Leandro Bernardes/PxImages
Isabela de Padua em derrota para Ariane Lipski Imagem: Leandro Bernardes/PxImages

Ag. Fight

28/02/2020 12h57

Não chega a ser uma grande novidade quando um atleta do UFC é flagrado em um teste antidoping. Agora, a lutadora da vez é a brasileira peso-mosca (57 kg) Isabela De Pádua, que recebeu, ontem, a suspensão de dois anos pela USADA (Agência Antidoping Americana) após ser flagrada duas vezes no exame. O primeiro caso foi em 16 de novembro de 2019, em luta contra a curitibana Ariane Lipski, seguida pela reincidência fora de competição um mês depois.

Em ambos testes positivos do ano passado, apareceu a substância 19-norandrosterona (19-NA) acima do limite permitido pela WADA (Agência Mundial Antidoping) na urina de 'Belinha'. A 19-NA é um metabólito da nandrolona, que, por sua vez, é um esteroide anabolizante, indicando o doping pela atleta nas duas situações. De acordo com a nota publicada pela USADA na última quinta, De Pádua não havia declarado o uso de nenhuma medicação prévia com nandrolona ou 19-norandrosterona em seu último combate em novembro, como é exigido pela liga.

"Ao fazerem parte do programa antidoping do UFC (a USADA), os atletas devem declarar todas as medicações e os todos suplementos que eles utilizaram nos últimos 12 meses. Um lutador que alegar o uso prévio de uma substância proibida não será considerado como um infrator, mas poderá ser afastado por um período de no mínimo seis meses com pelo menos dois testes negativos", explicou a agência antidoping através de seu site oficial ao falar sobre a situação da lutadora de 28 anos.

"De acordo com a prática padrão, a externa, ou não natural, origem da 19-NA foi confirmada através do exame determinação da razão isotópica do carbono (GC/C/IRMS), que pode revelar a presença de anabolizantes. Nesse caso, o resultado do GC/C/IRMS foi consistente na origem exógena da 19-NA. 19-noresteroides, incluindo a nandrolona e os seus percursores, são substâncias não especificadas no grupo dos anabolizantes e são sempre proibidas pela Política de Antidoping do UFC e pela Lista Proibida", declarou a USADA, afirmando que a Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) está de acordo e reconheceu que a determinação da USADA está sujeita a quaisquer possíveis multas adicionais.

A brasileira estará liberada para retornar aos octógonos dois anos após o primeiro toxicológico positivo. Assim, Isabela 'Belinha' de Pádua poderá voltar ao UFC no final do próximo ano, em 16 de novembro de 2021 especificamente.