Topo

Marina Rodriguez aponta que desejo de Gadelha deve ter pesado para luta ser nos EUA

Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

19/02/2020 06h00

Desde que estreou no Ultimate, em 2018, Marina Rodriguez nunca teve vida fácil pela frente. De quatro confrontos da brasileira, ela encarou duas atletas que estão no top 15 da categoria peso-palha (52 kg) da divisão. Mas apesar da dificuldade, a lutadora ainda está invicta, com duas vitórias e dois empates. Para seu próximo duelo, a atleta vai ter mais um grande teste, quando encara Claudia Gadelha, número seis da divisão, dia 2 de maio, no UFC Oklahoma.

Em entrevista excluvisa à reportagem da Ag.Fight, Marina admitiu que a negociação para essa luta se prolongou um pouco mais do que esperado, principalmente pela indefinição do local e a data do compromisso, já que existiam algumas opções. Ela inclusive aponta que a preferência da compatriota tenha pesado na decisão final do Ultimate, já que ela queria atuar nos Estados Unidos, país onde mora.

"De início, a Gadelha queria lutar em casa, onde ela mora, em Las Vegas, mas a data era muito em cima para nós, no início de março. Aceitamos a luta com a condição de ser mais pra frente, abril ou maio. De início até imaginei que o UFC nos coloraria no card de São Paulo, mas nos ofereceram uma semana antes nos Estados Unidos. Também não escolhemos lugar de luta não, apenas confiamos nos planos do Ultimate, mas acredito que possa ter sido uma decisão da Gadelha em lutar próximo de onde ela mora. Para nós está tudo bem, vamos ter o tempo que pedimos para nos preparar, e é isso que realmente importa", disse a atleta.

Antes da organização fechar essa disputa, Gadelha já havia manifestado o interesse de enfrentar Marina. De acordo com a lutadora natural de Bagé (RS), seu bom momento no octógono e o fato de permanecer invicta na franquia, já se colocando entre as dez primeiras da categoria, deve ter chamado a atenção da ex-desafiante ao cinturão dos palhas.

Marina Rodriguez venceu Tecia Torres por pontos no UFC Uruguai - Leandro Bernardes

"Acredito que o UFC que ofereceu o meu nome pra ela, e sei que é uma atleta dura e também não deve escolher adversárias. Ainda sou uma 'novata' na organização talvez isso tenha pesado na decisão e com certeza chama a atenção das mais ranqueadas", explicou, antes de completar sobre a importância dessa luta para sua trajetória no Ultimate.

"A minha próxima luta é sempre a mais importante, e todas são sempre um teste, pois estudamos por três meses para por em prática no dia da luta, e como o UFC sempre me deu grandes adversárias, sabemos que as próximas serão sempre mais difíceis. É assim que treinamos, pensando sempre em lutar com as melhores", contou.

Invicta na carreira, com 12 vitórias e dois empates, Marina tem como carro-chefe a parte em pé. Por isso, ela admitiu que suas adversárias buscam evitar essa trocação franca, principalmente 'Claudinha', que é especialista na luta de solo e deve forçar essa situação.

"Esse é o plano de todas as minhas adversárias, para esse jogo nos treinamos sempre e vamos evoluindo luta após luta, mas se ela vier trocar, com certeza essa luta vai se tornar muito mais interessante", finalizou a atleta que tem cinco vitórias por nocaute em seu cartel.