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Holly Holm justifica decisão de ignorar pedido de Dana White e não se aposentar

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

17/01/2020 10h00

Aos 38 anos e atravessano a pior fase de sua carreira, Holly Holm já escuta os pedidos de aposentadoria vindo de diversos lados. Até mesmo Dana White - presidente do UFC - declarou que gostaria de vê-la pendurar as luvas após a americana ser nocauteada em julho do ano passado pela brasileira Amanda Nunes. No entanto, a lutadora, que encara Raquel Pennington neste sábado (18), não parece pronta para se afastar do esporte.

Em conversa com a imprensa durante o media day do UFC 246, com a presença da reportagem da Ag. Fight, Holm relembrou sua primeira derrota por nocaute sofrida no boxe profissional para comparar as situações e justificar sua relutância em se aposentar. De acordo com ela, após ser nocauteada por Anne Sophie Mathis em 2011, várias pessoas a 'aconselharam' a abandonar a nobre arte e curtir a aposentadoria. No entanto, como lembrou, caso tivesse optado por essa rota, a lutadora não teria feito a transição para o MMA e, posteriormente, acertado com o UFC, onde surpreendeu a todos ao conquistar o cinturão peso-galo (61 kg) da organização ao destronar a então invicta Ronda Rousey.

"Eu me lembro de muitos dos meus pensamentos e sentimentos após essa luta (primeira derrota por nocaute no boxe) porque todos estavam dizendo: 'Você deveria se aposentar'. Eu ouvi a mesma coisa após minha última luta (contra Amanda Nunes). Imagine se eu tivesse me aposentado depois da luta com Anne Sophie, imagine o que eu teria perdido na minha carreira. Eu nunca teria feito a transição para o MMA e me tornado campeã novamente. Então, não me afeta pessoalmente se outras pessoas acham que eu deveria me aposentar, eu não queria me aposentar e eu estou muito feliz que não o fiz. E estou nessa no momento, eu não quero me aposentar, não estou pronta para isso", explicou Holly, antes de comentar sobre a parte psicológica de vir de uma derrota por nocaute.

"E vindo de uma derrota por nocaute, sim é angustiante: 'Eu vou ser atingida?'. Você não pode controlar isso. Você não pode dizer: 'Não, eu não vou ser nocauteada'. Mas eu tenho feito ótimos sparrings, meu camp foi ótimo e tem uma razão pela qual estamos colocando tudo isso em jogo, porque muitas pessoas não o fariam. Quando você entra lá, está completamente exposto, e é isso que nós fazemos, por isso que as pessoas assistem. Porque você não sabe o que vai acontecer. Estou nervosa, mas de um jeito bom, estou motivada para isso", concluiu a americana.

Após vencer seus primeiros dez combates no MMA profissional, Holly Holm acumula cinco derrotas em suas últimas sete lutas. O último triunfo da americana veio em junho de 2018, quando superou Megan Anderson por decisão unânime dos juízes. Já Raquel Pennington, sua rival no sábado, vem de resultado positivo sobre Irene Aldana.