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Ariane Lipski minimiza mudança de rival às vésperas do UFC São Paulo

Gaspar Bruno, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

12/11/2019 08h00

Nova rival, Veronica (à direita) vem de vitória sobre Polyana Viana - Leandro Bernardes

O dia 16 de novembro pode definir o futuro de Ariane Lipski dentro do Ultimate. Sem vencer desde que chegou na liga, em janeiro desta temporada, a brasileira sabe da importância de uma vitória no UFC São Paulo. No entanto, antes mesmo de entrar no octógono, a 'Rainha da Violência' já teve que lidar com um empecilho: mudança de adversária às vésperas do card. Mas, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, a peso-mosca (57 kg) minimizou a troca de rival e explicou o que muda em sua preparação.

Originalmente escalada para encarar Ariane, Priscila 'Pedrita' foi flagrada em exame antidoping realizado pela USADA e retirada do show com sede no Ginásio do Ibirapuera. Para seu lugar, o Ultimate convocou Veronica Macedo. E, apesar da nova rival ter sido definida com apenas dez dias de antecedência para o confronto, a 'Rainha da Violência' destacou que não terá grandes problemas em adaptar sua reta final de camp para a adversária venezuelana.

"Na verdade, trabalhamos muito nesse 'training camp', mas não só para eu estar preparada para lutar com a 'Pedrita', treinamos com foco na evolução do meu jogo de MMA e em corrigir os erros que cometi nas últimas lutas, então não mudamos muito o final do training camp", analisou Ariane, antes de revelar um detalhe crucial em relação a nova oponente.

"Sim! Acredito que nada é por um acaso, uma das atletas que me ajudou nos treinos de 'sparrings' do meu training camp é canhota (assim como a Veronica Macedo), por isso dez dias são mais que suficientes para fazer esses pequenos ajustes na estratégia da luta", completou a brasileira.

Sem ressentimentos com 'Pedrita', Lipski desejou o melhor para sua compatriota, que aguarda o julgamento oficial da USADA. Segundo as normas da agência que regula o Ultimate, Priscila pode ficar afastada por até dois anos dos octógonos - além de correr o risco de ser demitida da maior companhia de MMA do planeta.

"Eu pretendo encarar quem o UFC me mandar, estou aqui com o foco de conquistar o meu lugar dentro do UFC e não de escolher as atletas que quero enfrentar, mas quanto ao doping, todo mundo sabe como a USADA é rígida com o antidoping, foi um pequeno descuido que custou caro para ela, mas desejo tudo de bom para a Priscila e que ela volte o quanto antes! ", concluiu a atleta da 'Rasthai', em conversa com a Ag Fight.

Assim como Pedrita, Ariane também chega ao UFC São Paulo com o sinal de alerta ligado. Afinal de contas, desde que chegou à organização, a 'Rainha da Violência' não sabe o que é vencer. Foram dois reveses diante de Joanne Calderwood e Molly McCann, em janeiro e junho deste ano, respectivamente.