Salvo de demissão, Dhiego Lima esbanja confiança: "Ninguém ganha de mim"

Em seu último desafio no UFC, Dhiego Lima conseguiu um nocaute arrasador sobre Chad Laprise, que lhe deu sobrevida na organização. Isso porque ele vinha de duas derrotas consecutivas no Ultimate e um novo revés poderia levá-lo, inclusive, à demissão. No entanto, o lutador goiano conseguiu a vitória com menos de dois minutos do início do duelo e agora projeta a meta ousada de figurar entre os primeiros colocados no ranking dos meio-médios (77 kg) ainda em 2019.

Em entrevista exclusiva à Ag. Fight, o brasileiro esbanjou confiança ao afirmar que tem a sensação de que ninguém poderia vencê-lo em sua divisão. Curiosamente, esta é a segunda passagem de Lima pelo UFC, já que, em 2014 e 2015, ele lutou quatro vezes pela organização, mas conseguiu apenas um triunfo. O retorno ao Ultimate, em 2017, também não foi dos melhores, e ele foi superado em duas oportunidades antes de nocautear Laprise. Assim, a meta que ele estabeleceu de aparecer no top 5 da categoria já neste ano pode parecer um tanto quanto ousada, apesar de o goiano garantir que conseguirá.

"O povo não se ligava o quão bom o Chad era. (...) Ganhou o TUF, lutou com um cara muito duro, e eu nocauteei ele em um minuto. (...) Mostrei ali que a experiência vale muito. Não fiz muita coisa não. Só foi mentalmente e a experiência. Agora eu sei lutar, estou sempre movendo meu olho, sei onde está o oponente. (...) Sinto que ninguém ganha de mim nessa divisão e garanto que final do ano é top 10, top 5... Garanto que estarei lá", projetou à Ag. Fight.

Apesar de o momento agora ser de positividade em relação ao futuro, em dezembro a situação do atleta goiano era bem diferente. Na ocasião, ele estava ameaçado de uma nova demissão e, por isso, precisava da vitória. Mas o nocaute veio, e possibilitou que Dhiego vislumbrasse novas perspectivas dentro do Ultimate.

"O alívio não tenho nem como explicar. Eu tirei aquele peso das costas, foi muito sofrimento, aprendendo muito, muitas derrotas, mas, graças a Deus, deu tudo certo. Treinei muito, dei tudo nos treinos... Eu sempre dou, mas essa tinha uma pressão extra. Semana de luta foi tudo bem, corte de peso... Então foi tudo em dia. Quando chegou lá, na hora, minhas pernas estavam meio bambas, eu devia estar meio nervoso, mas quando dei aquele nocaute, veio o sorriso no meu rosto. Bateu aquele alívio. Foi alegria, muita alegria aquele nocaute", concluiu.

Aos 30 anos, Dhiego Lima somou 13 vitórias como lutador profissional de MMA, apesar de ter conquistado apenas dois triunfos em suas passagens pelo UFC. O cartel do atleta goiano conta também com sete derrotas - cinco delas na maior organização de artes marciais mistas do planeta.