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Agora milionários, brasileiros revelam o que mudou após título da PFL

Ag. Fight

10/01/2019 07h00

No último dia de 2018, seis atletas se sagraram campeões do 'GP' de suas respectivas categorias da PFL e faturaram prêmios milionários. E dois deles são brasileiros. O peso-leve (70 kg) Natan Schulte e o peso-pesado Philipe Lins romperam o ano com a cheque de 1 milhão de dólares (cerca de R$ 3,7 milhões) em suas mãos. E, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, os lutadores revelaram o que mudou em suas vidas após conquistarem o título da organização.

Agora milionários, tanto Natan quanto Philipe demonstraram o interesse de usar o valor do prêmio de forma inteligente. Os brasileiros pretendem usar o dinheiro conquistado para investir em negócios além da carreira de atleta de MMA. No entanto, apenas 10 dias depois do evento, a quantia na conta bancária ainda é uma novidade - o que pesou para que os lutadores ainda não definissem de que forma farão o prêmio render empresarialmente.

"Quero investir esse dinheiro, com certeza quero investir. Para fazer esse dinheiro render, não sei, porque não sou um homem de negócios, mas vou investir esse dinheiro para fazer ele trabalhar para mim (risos). Futuramente, sim, penso em ter outros negócios paralelos ao MMA, que eu possa trabalhar junto. Mas por enquanto não tem nada certo, um negócio nem nada. Quero me dedicar 100% ao MMA", afirmou Natan.

"Claro que penso em ter um negócio fora, à parte da luta, ou até envolvido com luta mesmo. Porque a carreira do lutador não é tão longa. Tem alguns lutadores que atuam até mais tarde hoje em dia, têm uma idade mais avançada. Mas eu pretendo, sim, em um futuro próximo, estar envolvido dentro do MMA com alguma outra função. E talvez até um lado empresarial, mas ainda tenho que pensar", ponderou Lins.

Segundo os dois brasileiros, os títulos e os números que hoje constam em suas contas bancárias não vão fazê-los parar. Até porque, mesmo com o destaque alcançado na mídia mundial e a possibilidade de transferência para outra organização de mais renome, tanto Philipe quanto Natan demonstraram interesse em permanecer na PFL para brigarem novamente pelo prêmio milionário, agora na temporada de 2019. Schulte cogita migrar para o UFC no futuro, mas espera buscar uma nova bolada em sua atual empregadora.

"Eu quero com certeza lutar de novo na PFL. Fui campeão do ano passado, 2018. Então vai ter agora o GP desse ano, de 2019, que eu vou disputar igual. Fui campeão ano passado, mas agora tenho que disputar igual, pela vaga nos playoffs, até as finais. Então quero lutar de novo, porque mesmo que eu vá para o UFC, vai ser difícil de ganhar 1 milhão de dólares no ano. Por isso que quero aproveitar agora para lutar de novo no PFL em 2019", analisou o atleta, que, assim como Lins, planeja ficar na organização durante este ano.

"Tenho mais um ano de contrato com o PFL, vou cumprir esse contrato, pretendo cumpri-lo. E quem é que não pensa? Qual lutador que nunca pensou em lutar no UFC? Já lutei no Bellator, agora estou no PFL. Quem sabe em um futuro próximo eu lute no UFC e feche a trilogia dos maiores eventos de MMA do mundo (risos). Com certeza é uma coisa que eu tenho vontade, sim", opinou Philipe.

Depois de uma temporada para lá de movimentada, outro plano é unânime entre eles: o descanso. Perguntados sobre o que fazer em seguida, Philipe e Natan mencionaram que reservarão um tempo de férias após as lutas constantes em 2018. Portanto, talvez ainda demore um pouco para vermos os mais novos milionários em ação. Philipe, inclusive, pretende passar algum tempo na praia.

"Vou tirar umas boas férias com a minha família. Em algum canto que dê bastante onda para pegar onda, porque sou fã de surf também, é o meu segundo esporte", revelou 'Monstro', como é conhecido. Natan, por sua vez, pretende passar "pelo menos uns quatro meses sem pensar em luta", embora retorne aos treinos já na semana que vem.

No entanto, uma coisa é certa. Tanto Lins quanto Schulte estarão novamente - assim como em 2018 - na briga pelo título do Grand Prix da PFL das divisões leve e pesada, respectivamente. Afinal de contas, os brasileiros terão que recomeçar do zero o caminho até o cinturão.