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Após deixar o UFC, Vitor Miranda foca no kickboxing e mira o Glory

Fábio Oberlaender, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

11/11/2018 10h00

Ex-lutador do UFC, Vitor Miranda retornará às origens no kickboxing em busca do reencontro com as vitórias. Após perder os últimos três duelos que realizou no Ultimate, o catarinense teve o seu vínculo encerrado com a organização, mas ele agora projeta um reinício da carreira, concentrado em fazer parte da maior e mais importante liga da modalidade: o Glory.

No entanto, ele primeiro terá a missão de provar ser merecedor de uma vaga na organização e, para isso, buscará se destacar em seu próximo desafio. Vitor enfrentará o paraguaio Marcelo Nuñez, no dia 16 de dezembro, pelo WGP, principal torneio de kickboxing do Brasil. E uma vitória consistente no evento poderá servir como um passaporte rumo ao seu verdadeiro objetivo.

"A possibilidade de competir no Glory não só existe, como é muito grande. Na verdade, essa minha volta ao kickboxing é motivada pela existência do Glory, então é lá que eu estou mirando. Essa oportunidade para lutar o WGP será muito importante para mostrar o meu trabalho para o Glory, e, quem sabe, em um futuro bem próximo conseguir assinar um contrato com eles", explicou Vitor, em entrevista exclusiva à Ag Fight.

"A opção de lutar kickboxing surgiu na época em que eu estava no UFC, ainda, mas eu nem cogitava a hipótese, porque eu não pediria para o UFC, mas sabia que, se algo desse errado no UFC, eu teria essa alternativa de imediato e é o que eu estou buscando. Gosto muito da luta em pé e acredito que tenho um potencial muito maior na luta em pé do que no MMA, Tenho confiança de que conseguiria ir muito mais longe e é o que eu amo fazer", contou.

Miranda considera que hoje em dia há mais oportunidades para os especialistas na luta em pé. Ele citou os exemplos de organizações de artes marciais mistas que estão acrescentando aos seus shows combates de modalidades da trocação.

"Migrei para o MMA por falta de opções no kickboxing, e agora que tem muitos eventos grandes na modalidade, incluindo eventos de MMA que fazem também shows de kickboxing, como o Bellator e o ACB, então, na teoria, o que eu estou pensando agora é dar prioridade ao kickboxing. Porém, não vou deixar de treinar jiu-jitsu. Quero me graduar faixa-preta de jiu-jitsu. Continuarei a treinar MMA em paralelo, mas a prioridade será o kickboxing", analisou. Além dos dos eventos citados, há também o ONE, que costuma incluir lutas de muay thai em seus cards.

Conhecido também por seu canal no Youtube, Vitor tem ampliado suas investidas nos negócios. De acordo com o ex-TUF Brasil e ex-peso-médio (84 kg) do Ultimate, a luta é mais um projeto de vida do que de retorno financeiro no atual momento.

"Eu tenho a minha academia, que está ficando quase pronta. Falta um mês para ela abrir as portas, então é um grande empreendimento que estou fazendo. Também trabalho promovendo seminários e palestras, além de ter meu canal no YouTube, que já está atendendo algumas empresas com anúncios, então já tenho um trabalho forte em paralelo. A luta é uma fonte de renda importante também, mas hoje é mais paixão e hobby do que dependência financeira da luta", ressaltou.

"O meu canal do YouTube só tem crescido de agosto para cá, acredito porque, mais do que ser lutador do UFC, é a qualidade do conteúdo que tenho postado e me esforçado para colocar em prática. Então, isso que atrai os fãs, atrai os inscritos e fideliza eles, e não o fato de eu estar no evento 'x' ou 'y'. O que vale mesmo é eu contar a minha jornada de forma verdadeira", concluiu.