Mesmo em desvantagem, Cormier admite: vencer Jones em trilogia valoriza "legado"

Praticamente não há entrevista concedida por Daniel Cormier na qual ele não tenha de falar sobre Jon Jones. E, na iminência do retorno de seu maior rival ao MMA, este mais uma vez foi o assunto de um encontro do atleta com jornalistas. Nesta quinta (1º), no 'media day' do UFC 230, evento em que defenderá o título dos pesados contra Derrick Lewis, 'DC' afirmou que uma vitória contra 'Bones' em um de seus últimos combates profissionais seria mais importante para o seu legado do que vencer Brock Lesnar, contra quem ganharia muito dinheiro.
Cormier perdeu as duas primeiras lutas contra Jones, mas, em uma delas, o vencedor acabou sendo flagrado com substâncias proibidas em seu exame antidoping. Por isso, oficialmente, Daniel só tem uma derrota. De qualquer forma, o próprio Daniel se refere ao segundo duelo como um revés. Assim, mesmo em desvantagem, o campeão dos pesados declarou acreditar que um triunfo diante de Jones valorizaria mais a sua carreira.
"Uma vitória contra Jones seria melhor, mas no final das contas, se eu vencesse, ainda ficaria atrás com uma vitória e duas derrotas, então não mudaria tanto, teria que ficar mais tempo para tentar vencê-lo novamente. Se eu vencer Lesnar, fico com '1-0', mas para o legado, vencer o Jones . Porque ele é o único cara que me derrotou em toda minha carreira, então acrescentaria mais ao meu legado", declarou, em entrevista coletiva que teve a participação da equipe de reportagem da Ag. Fight.
Apesar da projeção de uma terceira luta contra 'Bones', Cormier jura que minimizou esta possibilidade nos últimos tempos. Reforçando que pretende se aposentar com 40 anos - idade que completa em março de 2019 - e com os planos de enfrentar Brock Lesnar entre os pesados, o ex-wrestler declarou que é necessário que as pessoas o separem de Jones a cada vez que falam de um ou de outro.
"Novamente, eu tive que mudar o processo mental relativo a ele . Tive que deixar isso de lado completamente, porque sei que me aposentarei com 40 anos. As coisas são como são. Se a USADA é quem eles dizem que são, nunca serei capaz de lutar com esse cara novamente, tenho que me afastar de tudo que remete a ele porque eu diria sim, que gostaria de lutar com ele de novo, mas a realidade é que, se a USADA é quem é, você falha uma vez e fica um ano fora, falha a segunda vez, dois anos... Parece que vai ser irreal, né? Então tive que mudar o jeito que eu pensava sobre ele, e isso que me permitiu superar isso", afirmou.
"Quando eu o vir, vou querer dizer algo para ele? Provavelmente, mas realmente não muda nada, nós nunca seremos amigos. Eu dizer que ele é um bom lutador é o limite das coisas agradáveis que falamos um sobre o outro. Ele deu uma entrevista que dizia que estava feliz por mim, e eu não acredito nisso. Ele não tem que estar feliz por mim, minhas conquistas são minhas conquistas, e no dia 29 de dezembro, se ele conquistar o cinturão, eu não ficarei feliz por ele. Mas a conquista dele não significa mais ou menos baseado na minha reação. Não é 'DanielJon' ou 'JonDaniel', é Jon Jones e Daniel Cormier, somos duas pessoas diferentes", analisou.
Jones enfrentará Alexander Gustafsson no UFC 232, marcado para o dia 29 de dezembro, em Las Vegas (EUA). A luta valerá o cinturão meio-pesado (93 kg), que será destituído de Cormier.






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