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Superluta de pesos-pesados revive clima de rivalidade e provocação no mundo do boxe

Ag. Fight

04/10/2018 07h00

Muito antes de Conor McGregor ou até mesmo do UFC tomarem para si os holofotes do show business nos EUA, a divisão dos pesos-pesados do boxe era o grande carro-chefe da venda de pay-per-views no país. Arenas lotadas e fãs enlouquecidos eram elementos comuns e estimulados pelo clima de rivalidade entre os atletas. Agora, passada mais de uma década em que a divisão foi tomada por campeões europeus, finalmente uma disputa reúne todos os ingredientes em um só show.

Agendado para o dia 1º de dezembro, em Los Angeles (EUA), o confronto entre Deontay Wilder and Tyson Fury promete relembrar os tempos áureos dos pesos-pesados. E para isso, o que não falta é o clima nada amistoso entre os atletas, que se provocam a cada oportunidade, trazendo à tona o clássico de rivalidade entre EUA e Inglaterra nos ringues.

Atual campeão do Conselho Mundial de Boxe (WBC), o americano Deontay, invicto em 40 apresentações, sendo 39 vitórias por nocaute, elogiou a disponibilidade do rival em competir em território hostil e ainda ser capaz de promover coletivas de imprensas tensas e provocativas.

"Gosto dele , ele é carismático e fala bem. Ele sabe vender uma luta e preciso disso. Preciso ter com quem dançar. Estou tão feliz que não tenho que fazer todo o trabalho .Na maioria das vezes eles sentam aqui e apenas falam que estão preparados para darem o seu melhor", narrou o americano em conversa com o site 'TMZ Sports', durante uma das sessões de coletivas que os pesos-pesados promovem para divulgar o combate.

Por sua vez, o desafiante inglês, que também ostenta um cartel invicto, foi mais incisivo. "A melhor coisa dele é que ele tem uma boca grande. Posso colocar um navio de guerra ali. Não acho que seremos amigos, ele quer tentar me matar e tentarei fazer o mesmo", provocou.

Ex-campeão da Associação Mundial de Boxe (WBA), da Federação Internacional de Boxe (IBF) e da Organização Mundial de Boxe (WBO), Fury voltou a competir este ano após dois anos e meio de tratamento contra a dependência química. Ao vencedor do confronto, é esperada uma chance de enfrentar o também invicto Anthony Joshua, em uma superluta que definiria o único campeão da divisão mais nobre do esporte.