Topo

Marlon Moraes esclarece polêmica após vitória e promete esperar por title shot no UFC

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

05/06/2018 06h00

Marlon Moraes quebrou a banca mais uma vez na última sexta-feira (1º). Diante do favorito Jimmie Rivera, o brasileiro anotou mais um nocaute-relâmpago e pediu por uma chance de disputar o cinturão dos pesos-galos (61 kg) do UFC quando ainda estava no octógono. Agora, passados alguns dias da disputa, o brasileiro vai além.

De olho na disputa entre o campeão TJ Dillashaw e Coby Garbrandt, agendada para o dia 4 de agosto, Marlon afirmou durante conversa com a reportagem da Ag. Fight que sua meta é disputar o cinturão com o vencedor do confronto, e que pode esperar o quanto for necessário para ter a aguardada chance.

"Eu fiz quatro lutas em um ano. Eu quero uma luta pelo cinturão. O Dominick Cruz está fora faz um tempo, tem Cody e TJ agora. O Assunção eu não sei, mas não vejo ele com o TJ de novo. Acho que as pessoas querem me ver contra o TJ. É a luta que todo mundo quer ver", narrou, analisando um por um os principais rivais que poderiam lhe roubar a chance.

De fato, Raphael, outro brasileiro que o venceu em sua estreia no UFC e que tem duelo marcado contra Rob Font em julho, é o grande oponente nos bastidores. Com uma vitória e uma derrota diante do atual campeão TJ Dillashaw, o atleta luta para ter a sua trilogia no octógono. O que não parece tirar a confiança de Marlon.

"Tenho 30 anos, já estive no fundo do poço. Fui saindo pouco a apouco, assinei com o WSOF e fui campeão. Diziam que eu não enfrentava atletas fortes, e eu lutei gente de todo o canto. Promessas, invictos.... Vim para o UFC e venci atletas tops. Venci um desafiante ao título, o dono do melhor wrestling da categoria e agora o Rivera, que estava invicto por 20 lutas. Mereço essa chance", pediu, antes de analisar a vitória em meros 33 segundos na luta principal do UFC Utica.

"Esperava uma luta dura, de cinco rounds, mas tinha certeza de que poderia nocautear. Eu via muitas brechas no jogo dele que poderia explorar, mas aconteceu mais rápido do que esperava. Era um golpe que eu já tinha visto. Alguns já tinham acertado ele ali, o Thomas também, mas ele não caiu. Era um dos caminhos, também vi brechas no wrestling. Ele tem 100% de defesa de queda, mas ele nunca tinha lutado com alguém com o wrestling ofensivo que eu tenho", analisou, confiante.

Por fim, o peso-galo abordou um assunto polêmico. Empresariado pelo ex-lutador Ali Abdelaziz, Marlon se viu envolto à polêmica entre seu adversário e seu manager, que mesmo depois do término do combate chegaram a trocar insultos nos bastidores do evento.

"A confusão foi um mal entendido. O Ali e ele tiveram um stress porque ele tentava casar essa luta e nunca saiu do papel. Problemas, mentiras... Ficou um pouco de mágoa deles com o Ali. Uma vez ele falou algo para ele e ele achou que era para a esposa. Quando acabou a luta, ele estava falando com a esposa do Rivera dizendo que não tinha nada a ver, dizendo que estava ok. E ela estava entendendo. Aí o treinador dele chegou achando que estava rolando briga. Chegou falando alto e o Ali falou mais alto, e ficou um mal entendido. Nada aconteceu, vida que segue", finalizou.