Lutadora do UFC xinga seguidores por críticas a tatuagens nazistas do marido

Andrea Lee chegou no UFC chamando a atenção com uma bela vitória sobre Veronica Macedo no Chile, em maio, que mereceu o prêmio de luta da noite. Mas foi fora do octógono que ela causou mais furor. Na última sexta-feira (1º), seguidores da atleta notaram, em uma foto postada por ela no Twitter, que seu marido e treinador, Donny Aaron, tinha uma suástica ? símbolo do nazismo ? tatuada em um dos braços. Depois, buscando outras fotos do técnico, encontraram a insígnia da SS, a polícia do regime de Adolf Hitler, no outro braço. A reação da lutadora às críticas que recebeu foi agressiva.
A tentativa de argumentação de Lee foi a de que seu marido havia feito a tatuagem muito tempo atrás, quando esteve na cadeia. Declarando não ser adepta do nazismo, Andrea xingou seguidores e afirmou que Donny costuma manter os desenhos escondidos.
"Nenhum de nós é racista. Temos um amigo asiático e um negro que vive com a gente. Caras, são tatuagens que ele fez quando estava na prisão. Superem isso. Ele as cobre o tempo todo. Aconteceu de passarmos o dia no lago, e elas apareceram. Seus filhos da P*** sensíveis. Eu tenho amigos de outras etnias. Independente do que vocês digam, não sou racista nem nunca fui", escreveu.
Depois da óbvia repercussão ruim de sua declaração, ela apagou os tweets e publicou uma nota oficial, na qual pede perdão aos seguidores pelo que havia afirmado anteriormente. Ela dedicou o texto "a todos que ficaram irritados ou ofendidos pela resposta inicial" e reiterou que deletou as mensagens, "quando ficou mais racional". Segundo ela, o xingamento aos que criticaram as tatuagens foi um excesso motivado pelo amor.
"Meus comentários foram feitos somente para defender meu marido, não a sua tatuagem. Nunca pretendi minimizar a situação, a história do símbolo ou repudiar aqueles que se ofenderam. Os erros que ele cometeu na sua juventude não são uma representação do que ele é hoje: um homem que ama e respeita a todos. Donny foi meu técnico muito antes de ficarmos juntos. Quando eu o conheci, também o questionei sobre as tatuagens, e ele contou para mim sobre seu passado e sobre o quanto mudou. Quanto mais eu o conheci como pessoa, menos eu liguei para o que havia em sua pele", escreveu.
"Peço sinceras desculpas por responder do jeito que respondi. Se você pensa que eu não me importo, eu ME IMPORTO. Não sou racista, não sou nazista, não odeio pessoas. Nem Donny. Sou o tipo de pessoa que ajuda qualquer outra, independente da cor da pele ou da religião que acredita. Não julgo as pessoas baseada em uma única coisa ou ação ou porque alguém falou algo sobre eles. Escolho conhecer as pessoas primeiro e então formar minha opinião. É assim que eu sou e que sempre fui", completou.
Andrea, de 29 anos, tem nove vitórias e duas derrotas como lutadora de MMA. Seu apelido é 'KGB', nome do serviço secreto soviético, que funcionou oficialmente entre 1954 e 1991. O suposto motivo da referência é a semelhança da atleta com pessoas nascidas na Rússia.
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