Lyoto defende Werdum em caso de doping e pede mais velocidade de agência
Na espera pela confirmação de seu próximo adversário no octógono do UFC, Lyoto Machida, que nocauteou Vitor Belfort no último mês de maio, recebeu com surpresa a notícia de que seu amigo e parceiro de treinos Fabrício Werdum foi flagrado em um exame antidoping. E sem pensar duas vezes, o carateca saiu em defesa do peso-pesado.
Justamente no dia de seu aniversário de 40 anos, Lyoto atendeu a reportagem da Ag. Fight e analisou com cuidado do caso que pode envolver a reputação do ex-campeão do UFC. De forma direta, o atleta garantiu que não vê razão para que alguém desconfie de Werdum, atleta que já teria passado por outros 25 exames aplicados pela própria USADA (agência antidoping americana).
"A gente conversou, e eu acredito 100% no Werdum. Ele é um cara que chegou onde chegou com 25 testes limpos. Com certeza existe um erro nisso aí. Existe alguma coisa que é difícil de explicar. Às vezes a gente é contaminado e não sabe. Mas as pessoas julgam como se a gente tivesse tentado trapacear. Posso garantir que não foi, ele é um cara íntegro", afirmou.
Curiosamente, três lutadores brasileiros foram inocentados recentemente pela USADA após aguardarem por meses a definição de seus casos. Junior 'Cigano', Marcos 'Pezão' e Rogério 'Minotouro' provaram que ingeriram suplementos contaminados, mas não antes de ficarem quase um ano impossibilitados de competir. Por isso, Lyoto faz coro aos que pedem pelo aumento da velocidade do julgamento desses casos.
"Não vou dizer que são falhas, mas o processo poderia ser mais rápido. A USADA faz o papel dela de testar e detectar, mas a aceleração é importante para o atleta. No caso do Werdum, ele não fez nada e vai pagar por oito meses? Tem que agilizar um pouco mais, vai ser importante para o UFC, para a USADA e para os atletas. Para todo mundo", analisou, antes de relembrar que passou por uma situação parecida.
"Sei que tive a pena de um ano e meio, mas é angustiante esperar tudo isso. Vem exame, contra-prova, audiência, volta, ninguém sabe o que acontece, espera... Tem que saber rápido para o atleta tomar providências. O Minotouro ficou oito meses parado. Imagina o stress gerado", finalizou.
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