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Apesar de inatividade, 'Hannibal' minimiza nível de rival: "Quem escolhe luta é frouxo"

Felipe Paranhos, em Salvador (Bahia)

Ag. Fight

25/05/2018 08h00

Voltar à ativa depois de três anos e meio sem lutar logo contra um adversário experiente e vindo de duas vitórias talvez não fosse o ideal para a maioria dos atletas. Mas, segundo Cláudio 'Hannibal', isso não é um problema. O brasileiro, que retorna de longo período de inatividade para enfrentar Nordine Taleb no UFC Liverpool, neste domingo (27), declarou em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight que não considera justo buscar o caminho mais fácil.

De acordo com o meio-médio (77 kg), pedir um adversário recém-contratado ou da rabeira do ranking de sua divisão seria um despropósito para quem sonha chegar ao ranking do Ultimate. O mato-grossense de 35 anos, que teve a bem-sucedida carreira entremeada por uma prisão e quatro cirurgias no pé, tem duas lutas e duas vitórias na organização ? a última delas contra Leon Edwards, hoje 14º colocado na categoria.

"Nordine é muito duro, vem em um bom momento. Mas eu não escolho luta. Isso é coisa de covarde, frouxo. Imagina se eu viro pro meu empresário e digo: 'Pô, me dá uma luta facinha...' Nem penso nisso. Covardia nem existe no meu vocabulário. Acho que atleta que escolhe luta é frouxo, nem deveria estar ali. Não luto por fama, para estar na televisão, para postar foto em Instagram não, mano. Eu luto porque é minha religião, é minha crença, é o que eu respiro", declarou.

"Eu treinei bastante, sei que meu adversário é duro, mas não importa quantas lutas ele fez nesse tempo que eu estava fora. O que estava fora era meu corpo. Meu espírito continuava no octógono. Eu acompanhei tudo, assistia a todos os UFCs, então para mim não faz diferença quem vai ser meu adversário", afirmou.

'Hannibal' tem 11 vitórias e uma derrota ? uma desclassificação em 2007 ? em sua carreira. No Ultimate, o brasileiro venceu suas duas lutas por decisão.