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Demian Maia admite "risco grande" contra Usman: "Não era a luta ideal"

Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images
Imagem: Josh Hedges/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images

Felipe Paranhos, em Salvador (BA)

Ag. Fight

18/05/2018 09h34

Demian Maia assumiu a vaga de adversário de Kamaru Usman no fim de abril, com menos de um mês para a luta, que acontece neste sábado (19), no UFC Chile. Na ocasião, a decisão surpreendeu, uma vez que o brasileiro vem de duas derrotas e enfrentaria, sem se preparar adequadamente, um atleta com jogo parecido com os dois últimos adversários. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o próprio Demian reconheceu que a opção foi arriscada.

O duelo contra Usman, sétimo colocado no ranking do Ultimate, será o primeiro do novo contrato do brasileiro com a organização. Questionado se aceitar o combate foi uma condição colocada pelo UFC para fechar o novo contrato, Demian ponderou.

"Tem vários fatores que pesaram. A renovação, o desafio de lutar com um cara que está tão bem ranqueado e numa ascendente tão grande, e acho que uma das principais razões também é abrir uma porta na América do Sul fora Brasil pela primeira vez", declarou.

Assim como Woodley e Covington, Usman é um grande wrestler e está se desenvolvendo em pé. Tal ameaça é conhecida por Demian, que preferia ter treinado mais para o novo adversário. No entanto, ele diz acreditar que, aos 40 anos, não tem muito tempo para escolher rivais.

"Na verdade, eu sabia que não era a luta ideal para pegar em tão pouco tempo. Não era a luta que eu queria pegar em pouco tempo. É uma luta que eu queria pegar com bastante tempo de antecedência, mas tanto o fato de ser no Chile quanto o fato de que eu quero fazer algumas lutas antes de parar, e o tempo continua andando, e outras coisas que eu tenho que fazer também, e tenho que programar o meu ano, me fizeram pegar essa luta", disse.

Demian Maia afirmou também que um confronto contra o próprio Usman chegou a ser oferecido a ele, ainda em fevereiro, mas que ele não pôde aceitar na ocasião. O brasileiro tem 25 vitórias e oito derrotas em seu cartel.