Rafael Carvalho vê Mousasi como maior rival e evita colocar UFC como foco

Rafael Carvalho defenderá, em 25 de maio, o cinturão dos pesos-médios (84 kg) do Bellator, no evento de número 200 da organização. E, ao menos na teoria, o adversário, Gegard Mousasi, representa o maior desafio de sua carreira. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o brasileiro analisou a importância do combate e a diferença de força no Brasil entre os dois principais eventos de MMA do mundo.

Mousasi vem de seis vitórias consecutivas - cinco no UFC, contra Thales Leites, Thiago "Marreta", Vitor Belfort, Uriah Hall e Chris Weidman, e uma no Bellator, diante de Alexander Shlemenko. Com mais de 50 lutas na carreira, o iraniano é o rival mais importante com quem Rafael já foi posto à prova. Ele contou que a magnitude do combate exige também uma preparação psicológica.

"Demorou um pouco para eu acreditar, não só pelo adversário, mas também por se tratar de uma edição histórica do Bellator. É o Bellator de número 200, então tem uma importância muito grande essa luta. Estou procurando me preparar em todas as áreas, tecnicamente e mentalmente, porque chega no dia lá e a cabeça conta muito", afirmou.

Embora a maioria dos lutadores projete o UFC como meta na carreira, Rafael afirma que nunca teve um alvo específico, nem quando começou a lutar. E agora, segundo ele, a qualidade do tratamento dado pelo Bellator faz com que a migração para o Ultimate não esteja - ao menos por ora - nos planos.

"No momento não pensei nisso. Meu sonho foi num prazo curto, de quatro anos, estar dentro de um grande evento mundial. Nunca mirei o UFC, sempre pensei que queria estar em um grande evento de MMA. Sou grato ao Bellator por ele abrir as portas para mim internacionalmente e eu poder mostrar ao mundo quem é o Rafael Carvalho. Então, estou feliz no Bellator, super satisfeito, mas às vezes eu preciso procurar o melhor para mim. Estou feliz com a forma que eles estão me tratando e o UFC não é o foco agora", falou.

O peso-médio, que, apesar de ser campeão do segundo maior evento de MMA do mundo, não é tão conhecido do grande público brasileiro, opinou sobre a razão de isso acontecer.

"Acredito que seja a parte da mídia. O UFC já vem há bastante tempo, foi o primeiro evento no mundo de MMA e acho que essa questão da mídia falta um pouco mais para os outros grandes eventos. E investir. Existem eventos do tamanho do UFC, senão maiores que ele. Então falta essa questão de os eventos investirem na mídia. Aí as pessoas vão começar a dar importância aos outros eventos, não somente ao UFC, mas todos os outros", declarou.

Rafael tem apenas uma derrota na carreira, em sua primeira luta profissional, em 2011. De lá para cá, foram 15 triunfos, os seis últimos sob a chancela do Bellator.