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Após conflito com CABMMA, Gastelum se diz nervoso com possível retaliação

Divulgação/ UFC
Imagem: Divulgação/ UFC

Felipe Paranhos, em Salvador (BA)

Ag. Fight

03/05/2018 10h55

Já se passou um ano, mas a confusão gerada pelo doping de Kelvin Gastelum, flagrado após a luta contra Vitor Belfort, em Fortaleza, ainda ecoa na cabeça do lutador. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o médio (84 kg) admitiu estar apreensivo com a possibilidade de acabar sendo prejudicado por alguma decisão ligada à Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA). Ele enfrenta Ronaldo 'Jacaré' Souza na luta coprincipal do UFC 224, no Rio de Janeiro, dia 12 de maio.

A preocupação tem origem no caótico processo da punição por uso de maconha relativo ao combate contra Belfort. Na ocasião, após alegar uso medicinal, ele foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do MMA (STJD-MMA) por três meses, teve anulada sua vitória contra o brasileiro e foi multado em 20% da bolsa. No entanto, pouco depois de a sanção ser aplicada, o americano reconheceu que, na verdade, "fumou a erva" embora argumentasse possuir uma licença para fazê-lo no estado da Califórnia (EUA), onde mora. Naquela oportunidade, o presidente do STJD-MMA afirmou à Ag. Fight que Gastelum não precisaria temer retaliações.

Apesar disso, questionado se tem algum receio em relação a uma eventual parcialidade da comissão brasileira, Kelvin admitiu que sim. "Um pouco. Quando me foi oferecida a luta no Brasil, eu fiquei um pouco nervoso em aceitar, por causa dos problemas que tive com a comissão brasileira. Na verdade, eu continuo um pouco nervoso, mas é uma grande oportunidade para a minha carreira, então eu simplesmente vim", declarou.

Gastelum tem um cartel de 14 vitórias e três derrotas, além de um 'no contest' justamente o triunfo diante de Belfort. Depois de vencer o 'Fenômeno', Kelvin foi finalizado por Chris Weidman e nocauteou Michael Bisping em sua última luta, em novembro de 2017.