Topo

Thomas Almeida comenta adaptação a treinos nos EUA para "sair da zona de conforto"

Diego Ribas, em Las Vegas (EUA)

Ag. Fight

02/05/2018 11h35

Vivendo um momento delicado em sua carreira ? com três derrotas nas últimas quatro lutas ?, Thomas Almeida tomou uma decisão importante há cerca de um mês: ir para os Estados Unidos e treinar no UFC Performance Institute, instalação que oferece preparação física, técnica e nutricional para atletas do Ultimate. Em entrevista à Ag. Fight, direto de Las Vegas (EUA), 'Thominhas' explicou como tem sido sua adaptação e os motivos de ter deixado, ainda que temporariamente, os treinos na Chute Boxe/Diego Lima, equipe da qual faz parte.

Segundo o peso-galo (61 kg), fez-se necessário absorver novas informações e se recolocar em aprendizado constante com outros profissionais. E, embora pretenda ficar apenas um mês em Vegas, Thomas não descartou a possibilidade de permanecer por mais tempo em terras americanas. "Minha motivação foi buscar coisas novas. Treinei minha vida inteira na Chute Boxe/Diego Lima, em São Paulo, com as mesmas pessoas. O time lá é excelente, é uma família mesmo, e continuo fazendo parte dela. Mas quis mudar, treinar com pessoas diferentes, acrescentar novas técnicas no meu arsenal. Mudar. Sair da zona de conforto, aquela coisa de todo santo dia na mesma rotina. É bom dar uma mudada. Meu plano é ficar um mês, mas vou ver como as coisas vão rolar, para te ser bem sincero. Estou me adaptando bem, começando a treinar forte agora", falou.

Almeida elogiou muito a estrutura e os serviços que o Ultimate proporciona em suas instalações. "Estou bem feliz. Isso é o mais importante. Coisas novas. Estou aqui no Instituto do UFC, que é uma coisa maravilhosa. Costumo falar até que é a Disneylândia dos lutadores. Tem preparação física, tem comida, a parte de recuperação, fisioterapia, médico... Tudo o que um atleta precisa", afirmou.

O instituto conta com quase 3 mil metros quadrados de estruturas como salas de consulta de nutrição, fisioterapia, hidroterapia, crioterapia, câmara de simulação de altitude, academia, pista de corrida indoor, área de treinamento funcional, além de octógono, ringue, tatame, quarto de relaxamento, refeitório e até uma sala para os atletas reverem suas lutas e analisarem seu desempenho.

Nocauteado em janeiro por Rob Font, no UFC 220, Thomas contou que ainda não está fazendo sparring e, além dos treinos nas instalações do UFC, tem ido, a convite do amigo e também lutador Gabriel Checco, à academia Xtreme Couture, também em Vegas. "Venho fazendo dois treinos por dia, tem a preparação física do UFC, que faço três vezes por semana. Tem os treinos específicos de luta, de striking, de grappling, de MMA mesmo, que faço aqui no instituto, e tenho ido algumas vezes na Xtreme Couture", disse.

Almeida afirmou que o processo de adaptação aos Estados Unidos tem sido bom e que praticar o inglês também vai ajudá-lo na carreira. "Em Vegas eu já vim algumas vezes, já lutei duas ou três vezes aqui, então já conheço como funcionam as coisas. É bem seco, meu nariz e meu olho ficam vermelhos, mas com o tempo acostuma. E agora não está tão calor quanto é. Da primeira vez que vim pra cá, eu lutei em julho, é muito calor mesmo, é absurdo. Meu inglês é bom. Preciso praticar o meu inglês. Isso é fundamental na carreira de um lutador que faz parte de uma companhia estrangeira, então é mais um ponto positivo nessa vinda pra cá, trabalhar o inglês, treinar, praticar. Claro que a gente sente saudade dos amigos, da família, mas faz parte. A gente não pode ter tudo na vida. Hoje em dia tem computador, tem Facetime, então fica um pouquinho menos difícil", relatou.

Thomas tem 22 vitórias e três derrotas na carreira ? todas dentro do UFC ?, para Cody Garbrandt, Jimmie Rivera e Rob Font. Dos triunfos, cinco foram no Ultimate, diante de Tim Gorman, Yves Jabouin, Brad Pickett, Anthony Birchak e Albert Morales.

Confira a entrevista completa com Thomas Almeida: