Topo

De olho no UFC Rio, Junior 'Baby' admite erro em última derrota

Lais Rechenioti, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

19/03/2018 08h00

Prestes a voltar ao octógono no UFC 224 - evento marcado para o dia 12 de maio, no Rio de Janeiro -, Junior Albini precisa deixar a sua última atuação de lado e virar a página. Após perder por decisão unânime dos juízes laterais para Andre Arlovski em show realizado em novembro passado, nos Estados Unidos, o brasileiro analisou a sua performance e reconheceu que pecou com erros que foram cruciais para o resultado.

'Baby' revelou que sentiu a pressão para nocautear o bielorrusso já que, na época, se considerava melhor que o seu adversário. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Albini garantiu que seu pior erro no UFC Virgínia foi subestimar as habilidades de Arlovski e admitiu que aquela foi a melhor oportunidade de sua carreira, e acabou desperdiçada.

"Acredito que cresci muito o olho nessa oportunidade com o Arlovski, me deixei levar pelo momento. Até por ele estar em um momento ruim... Naquela época eu estava em um momento melhor que o dele. Acreditei que eu conseguiria resolver a luta logo, que eu o nocautearia e daria tudo certo. Subestimei um pouquinho ele, ele está em um momento melhor agora. Ele lutou com o Struve, acho que semana retrasada, uma apresentação boa também. Então, acredito que fui um pouco insuficiente com ele, tinha que ter trabalhado mais algumas coisas durante a luta, e não me deixado influenciar com tudo que estava sendo falado antes da luta, que era para eu nocauteá-lo e tudo mais", analisou o número 13 do ranking oficial dos pesados.

"Tive a oportunidade de lutar com uma lenda, o Arlovski. Infelizmente não consegui agarrar essa oportunidade, não deu certo, foi erro atrás de erro. Mas estou esperando que com essa luta no Rio me provar no evento, mostrar que pertenço ao top 15 dos pesados. E colocar o meu nome de vez e tirar a dúvida de quem tem. Para minha carreira mesmo vai ser um marco para mim, para eu me eu me estabilizar na academia dentro dos melhores da categoria e me projetar mais para frente", analisou.

Confirmado para o evento em que poderá contar com o apoio da torcida brasileira, Albini minimizou a vasta experiência do seu próximo oponente. Aos 41 anos, Alexey Oleynik tem quase 70 lutas realizadas, 50 a mais que o brasileiro. No entanto, Baby afirmou que em uma competição como o UFC, o russo não leva vantagem - mesmo que tenha a incrível marca de 45 vitórias por finalização.

"Ele é um cara que faz chão, mas é um chão bem pouco convencional. Aqui no Brasil e nos Estados Unidos, a gente trabalha o jiu-jitsu mesmo. Mas ele trabalha umas posições diferentes. Ele ganhou com um cara montado nele, é um cara perigoso. Preciso estudar as posições dele, é uma coisa que eu e o meu treinador já estamos fazendo. O head coach de jiu-jistu já está analisando. Mas não é nada demais não, é uma ou outra posição que ele faz diferente e o resto é o que a gente já faz. Apesar de ele ter essa quantidade enorme de vitórias por finalização, não é nada demais, tem que prestar atenção nesse método não ortodoxo", minimizou o brasileiro.

"Não vou mentir, tem uma diferença grande . Pelo volume de treino, estou melhor preparado, tenho menos lesão. Se eu tiver uma coisinha, me recupero mais rápido que ele. Além dele ter 41 anos, ele tem muita luta, fora as outras competições que ele teve. O corpo dele deve estar bastante judiado. Mas, por outro lado, ele tem bastante memória muscular. Estamos todos treinando. Acredito que a vantagem de experiência que ele tem, ele acaba perdendo pelo físico. Mas, ao mesmo tempo que ele perde pelo físico por causa da idade, ele consegue compensar com outras coisas. Não acho que vai ser um fator determinante para acabar com a luta. Eu tenho que vir com a minha explosão e ele vai usar a experiência, essa luta mais agarrada. Tenho que impor o meu ritmo e não aceitar o ritmo dele", concluiu.