Topo

Americano que xingou Brasil revela ameaça de Lyoto ao deixar octógono

Ag. Fight

30/10/2017 11h50

Depois de derrotar Demian Maia por decisão unânime dos juízes laterais, na segunda luta mais aguardada do UFC São Paulo, que aconteceu nesse sábado (28), Colby Covington provocou, xingou e foi hostilizado na saída do octógono pelos torcedores presentes no show (veja abaixo ou clique aqui). O relacionamento conturbado que o americano construiu com a torcida brasileira o fez imaginar que haveria atrito em sua despedida do evento, mas o que ele não poderia prever é que até Lyoto Machida iria tirar satisfações e ameaçá-lo, segundos antes de entrar em cena.

Mesmo com a expectativa depois de mais de dois anos afastado do octógono, o brasileiro teve tempo para falar poucas e boas para o americano instantes antes de lutar. A entrevista de Covington após a penúltima luta da noite tirou Lyoto da sua zona de concentração. Em entrevista para o programa 'Iconic Playz', o gringo contou como foi ameaçado pelo lutador enquanto entrava no vestiário, nos minutos que antecederam o 'main event'.

"O UFC estava preocupado com a minha segurança, então fomos para o hotel. Eu fui com seguranças, fui direto para o meu quarto, nem sequer saí. Eu fiquei no meu quarto o tempo todo. As circunstâncias dessa luta foram loucas, muita gente ainda está com raiva, incluindo lutadores brasileiros. Eles me disseram: 'Vai se f***, se eu te ver, você vai morrer'. O próprio Lyoto Machida tirou satisfação: 'Você desrespeitou o Brasil, vai se f***, vou acabar com você'. E eu disse: 'Cara, por que você está se preocupando comigo? Você tem uma luta com o Derek Brunson em alguns segundos'", relatou o americano.

"Antes dele entrar na arena, ele estava gritando comigo enquanto eu ia para o vestiário. Ele deveria saber mais do que qualquer um como funciona, ele está no final de carreira. Ele deveria saber que teriam pessoas que desrespeitariam, pessoas que sairiam como vilãs. Ele está nessa há muito tempo, é profissional, deveria ter aprendido como as coisas funcionam", completou.

De acordo com o americano, todas as ofensas feitas ao país e ao povo brasileiro não passaram de "brincadeira". O UFC prometeu analisar a atitude de Covington, mas o lutador garante que tem respeito pelo Brasil e que as provocações fazem parte dos momentos que antecedem o evento. O algoz de Demian Maia ainda acrescentou que os fãs levaram as circunstâncias para outro nível.

"Durante a semana toda os fãs brasileiros entraram no meu Twitter e no meu Instagram para me xingar, xingar a minha família e ficaram falando que eu ia morrer. Quando eles me encontravam era a mesma coisa. Isso é desrespeitoso, eles levaram isso para um outro nível. Quando você envolve a família e ameaça de morte, isso é outra história. Eu não disse nada racista, eu não disse nada homofóbico. Não disse nada demais. Mas se eles querem fazer uma grande coisa disso, tudo bem. Tem coisas muito mais sérias no mundo do que eu falar que um lugar é um lixo", defendeu-se o americano, que viu até mesmo o líder da sua academia ir contra o que disse.

Depois do confronto, o americano pediu por uma oportunidade para disputar o título da divisão meio-médio (77 kg). Covington afirmou que está pronto e que é o "rei da sua divisão". O lutador tem uma única derrota como profissional de MMA, para o brasileiro Warlley Alves, 2015. Já Lyoto acabou nocauteado por Brunson na luta principal do UFC São Paulo.